30 de set. de 2014

Moléculas que podem ser precursoras de vida são encontradas no espaço

No jato emitido por uma estrela jovem, uma equipe internacional de astrônomos detectou moléculas simples, mas aparentemente especiais. Os átomos de carbono, nitrogênio e oxigênio estão ligados da mesma maneira encontrada nas proteínas — moléculas mais complexas, essenciais à vida. “Isso mostra que moléculas que estão nos seres vivos podem ser produzidas a partir de compostos mais simples presentes no meio interestelar, cujas condições físicas e químicas são drasticamente diferentes daquelas na Terra”, explica Edgar Mendoza, do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), primeiro autor do estudo aceito mês passado para publicação na revista MNRAS. Mendoza e sua orientadora de doutorado, Heloisa Boechat-Roberty, colaboraram com mais quatro astrônomos para realizar um estudo observacional que revelou a presença de moléculas que podem ser precursoras de vida, ou prebióticas, dentro de um jato de gás e poeira impulsionado por uma protoestrela denominada L1157-mm, a aproximadamente 800 anos-luz de distância da Terra. Usando dados do telescópio internacional IRAM 30m, localizado na Espanha, a equipe identificou uma abundância relativamente alta de moléculas prebióticas, especialmente a formamida, numa região quimicamente complexa onde um jato de gás e poeira interage com o gás nativo, frio e denso que alberga o objeto protoestelar. Mendoza explica que ainda não se sabe exatamente como essas moléculas são produzidas de forma tão eficiente nessas zonas de choque. O grupo suspeita, entretanto, que resultam de reações químicas na superfície congelada de grãos de poeira, uma hipótese que esperam testar no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, no próximo ano.

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29 de set. de 2014

Parte da água do Sistema Solar é mais antiga que o Sol

"Este é um passo importante em nossa busca para saber se existe vida em outros planetas"


Parte da água existente no Sistema Solar é anterior à formação do Sol, segundo um estudo publicado pela revista "Science". A descoberta abre a possibilidade que haja também vida nos exoplanetas que orbitam outras estrelas em nossa galáxia. 

Durante anos, os pesquisadores tentaram determinar se a água que se encontra no sistema solar veio da nebulosa molecular que gerou o Sol, da qual nasceram os planetas. A pesquisa, liderada por Lauren Cleeves, da Universidade de Michigan, recriou um modelo que analisa as condições químicas entre as moléculas de água formadas no sistema solar há 4,6 bilhões de anos. Em particular, os especialistas se concentraram no estudo do deutério, um isótopo estável do hidrogênio, presente na água, em meteoritos e cometas. 

A equipe determinou que os processos químicos dentro dos discos protoplanetários do Sistema Solar primitivo não podem ser responsáveis pelos índices de deutério encontrados atualmente na água achada em cometas, luas e oceanos. Assim, uma parte notável de água do sistema solar não pôde ser formada depois do Sol e, portanto, uma quantidade de gelo interestelar sobreviveu à criação desse sistema. 

Isso significa que, se outros sistemas planetários na galáxia se formaram da mesma maneira que a nossa, esses sistemas teriam tido acesso à mesma água que o sistema solar, sustentam os pesquisadores. "A disponibilidade de água durante o processo de formação de planetas abre uma perspectiva promissora sobre a existência de vida em toda a galáxia", apontam os pesquisadores, que lembram que, até agora, o satélite Kepler da NASA detectou mil planetas extra-solares confirmados. 

"Este é um passo importante em nossa busca para saber se existe vida em outros planetas", indicou Tim Harries, do Departamento de Física e Astronomia da universidade britânica de Exeter e membro da equipe de pesquisa. 

Com a identificação da herança de água na Terra "podemos ver que a maneira como se formou nosso sistema solar não foi única, e que os exoplanetas surgem em ambientes com água abundante", destacou Harries. 

Neste cenário, acrescentou o especialista da Exeter, "se abre a possibilidade que alguns exoplanetas poderiam abrigar as condições adequadas e os recursos hídricos, para que a vida evolua".

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Cientistas americanos detectam água na atmosfera de exoplaneta

Planeta tem tamanho de Netuno e orbita ao redor da estrela HAT-P-11. Descoberta foi publicada na revista 'Nature.


Cientistas americanos detectaram pela primeira vez vapor d’água na atmosfera de um exoplaneta do tamanho de Netuno, um achado, publicado pela revista 'Nature', que permite avançar rumo à identificação de mundos além do nosso Sistema Solar com condições similares às da Terra.

Até o momento, só era possível analisar a composição atmosférica de grandes exoplanetas gasosos, similares a Júpiter. Agora foi medida a presença de água em um corpo com um raio quatro vezes maior que o da Terra.

O pesquisador da Universidade de Maryland Jonathan Fraine e seus colegas utilizaram uma técnica chamada espectrometria de transmissão para obter a composição atmosférica do planeta HAT-P-11b, a uma distância de cerca de 122 anos luz.

O planeta extrasolar, na constelação de Cisne, orbita ao redor da estrela HAT-P-11.

Trata-se do menor planeta e mais frio no qual foram detectados até agora sinais de presença de água, um dos elementos essenciais para que a vida possa se desenvolver.

A partir de imagens obtidas pelos telescópios Hubble e Spitzer, os cientistas encontraram pela primeira vez um planeta de tamanho médio no qual uma grossa camada de nuvens não impede a medição da composição de sua atmosfera.

Na maioria dos casos, densas nuvens compostas por todos os tipos de elementos impedem a análise das camadas mais profundas da atmosfera dessa classe de corpos.

Esse mesmo obstáculo virou um problema há décadas para estudar planetas do sistema solar como Júpiter, coberto de nuvens estratificadas de amoníaco, e Vênus, onde se estendam grossas nuvens de ácido sulfúrico.

Dada a impossibilidade de enviar sondas espaciais para estudar distantes exoplanetas, os cientistas tratam de estabelecer sua composição atmosférica a partir da informação do espectro electromagnético que chega à Terra.

Até o momento, os cientistas tinham tratado, sem sucesso, a análise atmosférica de outros quatro planetas extrasolares com tamanho similar ou menor ao de Netuno.

No caso do HAT-P-11b, foi possível verificar claras marcas no espectro que evidenciam a presença de moléculas de vapor d’água, assim como de hidrogênio e vestígios de átomos pesados.

O achado é considerado chave para compreender a formação e a evolução dessa classe de exoplanetas, segundo aponta o estudo da 'Nature'.

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28 de set. de 2014

Sonda da Índia entra na órbita de Marte

Missão custou menos do que muitos filmes de Hollywood e fez da agência espacial indiana a quarta a conseguir o feito


Houve muita comemoração no centro de comando da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, na sigla em inglês) em Bangalore, na Índia. Os cientistas receberam a confirmação de que o satélite chamado de Mars Orbiter conseguiu entrar na órbita de Marte. É a segunda sonda a chegar ao planeta vermelho em menos de uma semana, pouco depois de a MAVEN da NASA ter entrado na órbita marciana no domingo. Com o sucesso da missão, o programa espacial do país asiático se tornou o quarto da história a realizar o feito, se equiparando aos Estados Unidos, União Europeia e Rússia.

A conquista da Mars Orbiter Mission (MOM) é ainda mais digna de nota se levarmos em conta o orçamento apertado com o qual foi desenvolvida – cerca de 75 milhões de dólares, um custo baixíssimo para uma missão interplanetária. O filme Avatar, por exemplo, custou mais de 200 milhões de dólares, e a NASA investiu quase dez vezes mais na MAVEN, que consumiu 671 milhões de dólares. A ISRO também foi a única agência a conseguir chegar a Marte logo na primeira tentativa.

"Eles são agora uma força de capacidade que pode ser levada muito a sério”, disse a ABC News Roger Franzen, especialista em espaço da Universidade Nacional da Austrália. Ele não descarta a possibilidade de, em um futuro breve, a NASA e a agência espacial europeia (ESA) estabelecerem parcerias com a ISRO em missões colaborativas. “Toda a Índia deve celebrar os nossos cientistas – escolas e faculdades devem aplaudir isso”, disse o primeiro-ministro do país Narendra Modi. 

Lançada em 5 de novembro do ano passado, a MOM se juntou a outras quatro sondas que atualmente orbitam Marte: MAVEN (EUA), Mars Odissey (EUA), Mars Reconaissance Orbiter (EUA) e Mars Express (União Europeia). Ao longo dos próximos seis meses, ela deve coletar informações sobre a atmosfera e o clima de Marte por meio de cinco equipamentos movidos à energia solar, ampliando ainda mais nossos conhecimentos sobre o planeta vermelho e outros aspectos do espaço. O principal objetivo é entender melhor o clima marciano, bem como descobrir o que aconteceu com a água que se acredita ter havido ali em tempos passados e também procurar por traços de metano na atmosfera, que pode indicar a presença de atividade biológica ou geológica. A órbita do satélite tem um período médio de três dias para dar uma volta completa no planeta.

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24 de set. de 2014

Novo projeto da Nasa enviará informações dos seres humanos para fora do Sistema Solar

Fotos, gravações e mídias online farão parte da nova mensagem enviada ao espaço.


Pode até parecer ficção científica, mas o novo projeto da NASA pretende enviar um compacto de informações das civilizações humanas do mundo inteiro para fora do Sistema Solar. Com o nome de “One Earth Project”, a nave levará fotos, sons e outros tipos de informação para o espaço. 

Inicialmente, a nave New Horizons viajará por nosso sistema até Plutão, para depois seguir seu caminho ao resto do universo. “Por que não fazer um retrato da Terra no formato de crowdsourcing?“, questiona o líder do projeto Jon Lomberg. 

A ideia já havia sido reproduzida por Carl Sagan e Frank Drake nos anos de 1972 e 1973, quando enviaram informações da Terra em uma placa nas naves Pioneer 10 e 11. “A ideia de que não estamos sozinhos no universo era importante para Carl Sagan”, afirma Lomberg. 

Já em 1977, a união dos três astrônomos fez com que as sondas gêmeas Voyager também levassem informações da Terra ao espaço. No ano passado, a NASA informou que as Voyager saíram do Sistema Solar, encontrando-se no espaço interestelar. Dentro das naves estavam gravações, desenhos, fotos e diagramas sobre a vida humana na Terra. 

No entanto, a ideia dessa nova viagem é levar informações de todas as pessoas do planeta, e não somente aquelas escolhidas por cientistas e artistas. Com isso, Lomberg e seus colaboradores convenceram a NASA a colocar uma petição online disponível para quem quisesse contar sua história para o resto da galáxia. Mais de 10 mil assinaturas de 140 países diferentes já chegaram à equipe. 

A sonda carregando os 100MB de informações terá imagens de crianças, pessoas e outras formas de mídias online. Porém, Lamberg afirma que também faz questão de incluir pessoas que não possuem acesso à internet, como tribos africanas, por exemplo. 

O autor também comentou que gostaria de mostrar o “lado ruim” do nosso planeta e, por isso, pretende colocar fotos das bombas atômicas lançadas na Segunda Guerra Mundial. “Negar os problemas da humanidade poderia criar uma imagem desonesta da Terra”, afirma Lamberg. 

A missão, no entanto, também serve como mensagem para as pessoas do nosso planeta, conta o astrônomo. “Nós não sabemos o quanto essa mensagem vai durar. Provavelmente ninguém irá encontrá-la, mas além dos alienígenas, temos a intenção de mostrar isso para outra audiência: os habitantes da Terra”, conclui o criador da One Earth Project.

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21 de set. de 2014

Sonda americana chegará à órbita de Marte

O objetivo é descobrir o que levou o planeta a perder parte de sua atmosfera.


A NASA anunciou, que a sonda americana Maven chegará à órbita de Marte com a missão de descobrir o que levou o planeta a perder grande parte de sua atmosfera no passado.

Após uma viagem de dez meses e 711 milhões de quilômetros, ao custo de 671 milhões de dólares, a Maven (Mars Atmsosphere and Volatile Evolution) entrará na órbita de Marte à 1h50 GMT de segunda-feira (22h50 de domingo, no horário de Brasília), dia 22 de setembro de 2014.

"Até agora, o funcionamento da sonda e de seus instrumentos está bem", disse David Mitchell, do centro Goddard de voos espaciais da NASA e responsável pelo projeto Maven.

Uma vez na órbita provisória, começará um período de cinco semanas para a calibragem dos instrumentos da Maven.

Em seguida, a sonda entrará em uma órbita elíptica definitiva, que lhe permitirá realizar observações de todas as latitudes e camadas da atmosfera superior de Marte, com altitude variável de 150 km a 6.000 km.

"A Missão Maven tratará de responder de onde veio toda a água que havia em Marte em um passado distante, assim como o dióxido de carbono (CO2)", disse Bruce Jakosky, da Universidade do Colorado e principal cientista do projeto, e completou, "Estas são questões importantes para se compreender a história de Marte, de seu clima e da possibilidade de vida".

Maven conta com oito instrumentos, entre eles um espectrômetro de massas para determinar as estruturas moleculares dos gases atmosféricos, e um sensor SWEA (Solar Wind Electron Analyzer), que analisará o vento solar.

A sonda de 2,45 toneladas foi lançada em novembro de 2013 de Cabo Canaveral, Flórida.

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20 de set. de 2014

NASA anuncia que vai voltar a levar humanos ao espaço

Missões tripuladas da agência não ocorriam desde o fim dos ônibus espaciais em 2011


A NASA fez um importante anúncio em uma coletiva de imprensa realizada na base de Cabo Canaveral, na Flórida, a agência vai voltar a levar astronautas ao espaço de solo americano. Desde que o Atlantis encerrou a era dos ônibus espaciais, em 2011, a NASA dependia das naves russas Soyuz para lançar tripulações e cargas em órbita até a Estação Espacial Internacional (ISS).

O rompimento com os russos está alinhado com as tensões diplomáticas atuais entre os EUA e a Rússia, consequência do acirramento dos conflitos do governo do presidente Vladimir Putin com a Ucrânia. Esta “carona” custava US$ 70 milhões por astronauta aos cofres da agência americana. Na coletiva, também foi reafirmado o compromisso de em 2017 lançar um foguete ao espaço profundo pela primeira vez em mais de 40 anos.

Por estar mais focada em ir além da órbita terrestre e na construção do foguete Space Launch System (SLS) e da nave Orion, que vão levar a humanidade a um asteroide e a Marte em 2030, a NASA optou por deixar as missões mais “rotineiras” até a ISS nas mãos da iniciativa privada: um contrato de duas a seis missões no valor de US$ 6,8 bilhões foi firmado com a SpaceX e com a Boeing para acabar de vez com a dependência russa.

“Quando olhamos para estas espaçonaves, devemos enxergar uma chave para a porta do espaço que vai ser aberta para mais e mais pessoas”, disse na coletiva o astronauta Mike Fincke, que já foi membro de uma tripulação da Estação Espacial. As naves CST-100 da Boeing e Dragon V2 da SpaceX devem começar a operar nos próximos anos, levando pessoas e cargas ao espaço. “Elas podem parecer um tanto pequenas para carregar tantos sonhos grandes, mas eu acho que vão se sair bem”, completou Fincke.



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19 de set. de 2014

As “Rochas Perambulantes”: Enigma Decifrado

Parece assunto para os “Ghost Busters”, os famosos “Caçadores de Fantasmas” de Nova York, eternizado no famoso filme, ou do programa “Ghost Hunters” do canal de TV por assinatura SyFy. É o que faz pensar à primeira vista o fenômeno que ocorre em “Racetrack Playa”, um lago seco do Vale da Morte, a cerca de 470 km a nordeste de Los Angeles na California. Lá, da noite para o dia, pedaços de pedra, algumas de porte razoável, são deslocadas de suas posições originais, deixando rastros no seu caminho (vide foto).


Quem, ou que força faria isso? Do que se trata? Uma brincadeira de mau gosto? Algum animal desconhecido a deslocar essas pedras por algum motivo? Como diria o poeta, “não é para mentes fracas”, pois, alguns, facilmente, poderiam produzir alguns “fantasmas” do além para explicar o fenômeno. Ou atribuir a um “trote” de E.T.'s moleques que introduzem mistérios que nós, pobres humanos, não teríamos como desvendar. 

Situado a 1.130 metros acima do nível do mar, o Vale da Morte apresenta paisagem desértica, como normalmente se encontra naquela região do Estado da California. Relatado no início da segunda metade do século passado, o misterioso deslocamento de centenas de pedras de Racetrack Playa atraiu a atenção de geólogos e meteorologistas. Hipóteses não faltaram (salvo a de 'forças do além'). Porém, nenhuma delas satisfazia a exigente comunidade científica, que se resignava com uma explanação baseada em uma combinação muito especial entre vento e chuva. Não era suficiente. Faltava um “estalo”, uma ideia genial, simples e bem à frente de todos a provocar a exclamação: “Por que não pensei nisso”?

Uma pesquisa, inicialmente sem muita pretensão, levada por dois primos, Richard Norris, um oceanógrafo e James Norris, engenheiro, ambos da California e um cientista planetário, Ralph Lorenz, do estado de Maryland, este, interessado em eventuais fenômenos relacionados a outros planetas. O trabalho deles era instalar aparelhos de GPS em rochas candidatas aos misteriosos “passeios”. Numa manhã gelada de dezembro de 2013, quando estavam realizando a instalação, observaram que uma fina camada de gelo, formada no leito seco do lago, começou a se quebrar sob a ação dos raios solares. Em seguida, por ação do vento, os pedaços de gelo começaram a empurrar lentamente os pedaços de pedra. O movimento era muito lento, “uma criança moveria mais depressa essas pedras” disse R. Norris. 

No final da tarde os pesquisadores puderam constatar os rastros deixados pelo movimento. Desfez-se o mistério. Fenômeno semelhante já tinha sido constatado em 1952, quando as companhias telefônicas tiveram que lidar com os “gelos empurrantes” no Estado de Nevada que chegavam a desenterrar torres de transmissão telefônica. 

Será preciso investigar mais para dar a todos os eventos de deslocamentos de rochas em Racetrack Playa a explicação baseada no que o trio de cientistas observou. No entanto, como constata R. Norris, já foi resolvido o problema científico para a descrição destes eventos. 

Místicos e ufólogos terão que procurar outros fenômenos ainda inexplicados para explorar suas imaginações.


João Luiz Kohl Moreira
COAA – Observatório Nacional/MCTI

18 de set. de 2014

Imagem mostra restos de supernova que está a 7 mil anos-luz da Terra

Interação de raios X de equipamentos da Nasa e da ESA permitiram obter a imagem foto. Remanescente chamado de Puppis A está em fase de expansão.



A NASA divulgou a imagem de uma poderosa explosão de uma supernova que foi obtida com a ajuda de raios X do telescópio Chandra e da sonda XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia.

A imagem mostra os restos de uma supernova vista da Terra há 3.700 anos. O remanescente, chamado de Puppis A, está a 7 mil anos-luz do nosso planeta e tem cerca de 10 mil anos-luz de diâmetro – tamanho que pode aumentar, já que os restos continuam a se expandir. Segundo a agência espacial americana, a imagem é a visão de raio X mais completa já feita até agora deste remanescente, graças a uma combinação dos equipamentos americano e europeu.

Estudar a expansão dos remanescentes de uma supernova ajuda a entender a interação dos materiais liberados da explosão, que fornecem pistas importantes para descobrir mais detalhes sobre a origem do universo – e nossa origem.

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15 de set. de 2014

Pesquisadores afirmam que um novo planeta Terra pode estar se formando


Uma pesquisa feita com o telescópio espacial Spitzer, da NASA, detectou uma erupção colossal de poeira girando em torno de uma estrela nova. Isso seria consequência do impacto de dois asteroides que se chocaram entre si e que poderiam formar um planeta similar à Terra com o decorrer de milhares de anos.

Os especialistas já vinham rastreando com regularidade a estrela NGC 2547-ID8, a 1200 anos-luz de distância da Terra, na constelação Vela, quando detectaram o surgimento de uma grande quantidade de poeira, entre agosto de 2012 e janeiro de 2013. A equipe de cientistas, sob o comando de Huan Meng, da Universidade do Arizona, não hesitou em atribuir o fenômeno à colisão de dois asteroides gigantes.


Apesar de existir observações telescópicas anteriores sobre as poeiras deixadas em supostas colisões de asteroides como essa, é a primeira vez que os astrônomos conseguiram recolher dados antes e depois do choque de um sistema planetário. Trata-se de um tipo de colisão, que, ao fim, poderá acarretar na formação de planetas rochosos, como a Terra.

Os planetas rochosos surgem a partir de poeira cósmica, girando ao redor de estrelas jovens. Depois de milhares de anos, a poeira cósmica começa a se juntar para formar os asteroides, que, por sua vez, se chocarão uns contra os outros. Alguns asteroides sobreviverão aos impactos para começar a crescer e, em milhões de anos, se transformarão em “protoplanetas”.

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12 de set. de 2014

Astrônomos mapeiam o superaglomerado de galáxias do qual a Via Láctea faz parte

Estrutura batizada de ‘Laniakea’ abriga 100 mil galáxias e mede 520 milhões de anos-luz


De tempos em tempos a ciência faz descobertas que nos obrigam a redimensionar completamente aquilo que conhecemos sobre a realidade. Este artigo publicado pela revista Nature é um daqueles que atingem em cheio uma das perguntas fundamentais do ser humano: Onde estamos? Até então sabíamos que a Terra é parte do Sistema Solar, que por sua vez pertence à Via Láctea, localizada no Grupo Local, que abriga 35 entre as bilhões de galáxias que compõem o Universo.

Uma equipe de astrônomos acaba de acrescentar mais uma coordenada ao nosso endereço cósmico: eles descobriram que a vizinhança da Via Láctea está inserida nas periferias de um superaglomerado com cerca de 100 mil galáxias e uma extensão de 520 milhões de anos-luz, ao qual deram o nome de Laniakea, termo que na língua havaiana carrega o poético significado de “céu imensurável”.

“Isso não é muito diferente quando se descobre que sua cidade natal é, na verdade, parte de um país muito maior que faz fronteira com outras nações”, disse o líder do estudo Brent Tully ao site The Daily Galaxy.

Para conseguir elaborar o complexo mapa em 3D, os pesquisadores analisaram os padrões de movimento e velocidade de diversas galáxias e assumiram que cada uma pertence à estrutura cuja gravidade a está atraindo. Além de conseguir mapear o mega-aglomerado, os astrônomos também contextualizaram o chamado Grande Atrator, uma fortíssima anomalia gravitacional que influencia o deslocamento de objetos a milhões de anos-luz de distância e há décadas intrigava os estudiosos. A pesquisa revelou que ele funciona como uma espécie de vale, que atrai os filamentos galácticos como se fossem riachos imersos em enormes porções de vácuo. Como a natureza nunca cansa de nos surpreender, nada impede que nossa concepção de “casa” vá ainda mais além da Laniakea. “Nós podemos descobrir que vamos ter que inventar um outro nome para algo ainda maior de que somos parte, consideramos isso como uma possibilidade real”, disse Tully ao site Space.

Confira o vídeo da Nature sobre Laniakea:


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11 de set. de 2014

Estrela de uma quarta dimensão teria dado origem ao nosso Universo


Cientistas canadenses apresentaram uma teoria revolucionária sobre a gênese do cosmos, baseada na possibilidade de que nosso universo tridimensional teria surgido como o horizonte de uma estrela caída de um universo de quatro dimensões. A teoria do Big Bang, que até hoje, afirma que todo o universo existente se originou após a explosão de um ponto infinitamente pequeno, maciço e denso – denominado singularidade espaço-tempo –, é a mais aceita.

A expansão do universo perceptível e a existência de ondas gravitacionais primordiais, dentre vários fenômenos descobertos pelos físicos e astrônomos, reforçaram esta teoria. No entanto, além de determinar um ponto de partida para a existência do cosmos, a teoria do Big Bang nunca tentou explicar o que precedeu a grande explosão. A explicação apresentada por uma equipe de especialistas do Instituto Perimeter de Física Teórica, no Canadá, lança luz sobre esse enorme mistério. A teoria dos canadenses faz uma analogia entre o fenômeno do horizonte de eventos de um buraco negro, no universo tridimensional ao qual pertencemos, e um processo semelhante, ocorrido em um universo hipotético de quatro dimensões.

Em um buraco negro, o chamado horizonte de eventos representa um ponto sem retorno para a matéria e a energia: qualquer partícula existente que atravesse esse ponto, incluindo os fótons, será atraída pela imensa gravitação da massa no centro do buraco. Esse fenômeno transforma o horizonte de eventos em um espaço praticamente bidimensional, no qual, como se fosse uma barreira, a passagem de qualquer partícula além dessa fronteira significa um desaparecimento virtual da realidade perceptível para um sujeito externo; não se trata, na verdade, de um aniquilamento, mas se torna impossível ver o que acontece com ela. O caso do universo hipotético de quatro dimensões seria similar, de acordo com os cientistas: um buraco negro, em uma quarta dimensão, implicaria um horizonte de eventos de três dimensões, como nosso universo.

A teoria revolucionária remonta ao mesmíssimo Big Bang, que aconteceu devido ao colapso de uma estrela em um buraco negro, e aos fenômenos atuais vigentes, como a expansão do universo observável, posto que os horizontes de acontecimentos abrangem uma expansão. Assim, não existem contradições entre as teorias vigentes e a dos cientistas canadenses.

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9 de set. de 2014

Você sabia?

Embora durante séculos tenhamos conhecido apenas os anéis de Saturno hoje sabemos que outros planetas do Sistema Solar também possuem anéis planetários. Os anéis que existem em torno de Júpiter foram descobertos pela sonda espacial Pioneer X e, mais tarde foram confirmados pela sonda espacial Voyager 1. Os anéis de Urano foram descoberto pela ocultação de uma estrela e os de Netuno foram descobertos pela sonda espacial Voyager 2. Assim, no Sistema Solar, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são planetas que se encontram envolvidos por anéis. Certamente os anéis de Saturno são os mais impressionantes, podendo ser vistos até mesmo com o auxílio de um pequeno telescópio.


8 de set. de 2014

Japão apresenta nova sonda espacial para explorar asteroide

A Agência Japonesa de Exploração Espacial (Jaxa) apresentou à imprensa uma nova sonda, a Hayabusa-2, com a qual espera repetir o êxito de sua antecessora, que conseguiu trazer pó de asteroide depois de uma odisseia de sete anos.

"A nova sonda estará terminada muito em breve", afirmou o chefe do projeto, Hitoshi Kuninaka, citado pela agência Jiji.

O lançamento da base de Tanegashima, localizada no sul do Japão, está previsto para dezembro.

Hayabusa-2 deve alcançar seu objetivo, o asteroide "1999 JU3", em meados de 2018 e empreenderá regresso no final de 2019 para chegar à Terra um ano mais tarde, se tudo acontecer de acordo com o esperado. Ao contrário de Itokawa, o asteroide explorado pela primeira sonda Hayabusa, este novo corpo rochoso contém carbono e água.

A Hayabusa-2 será equipada com uma espécie de canhão espacial. Quando chegar na órbita desejada de "1999 JU3", ira liberar o artefato e se colocará ao lado do asteroide.

O canhão disparará uma bola metálica contra a superfície do asteroide, onde fará uma cratera de vários metros de diâmetro. Em seguida, a sonda pousará no buraco e extrairá amostras do subsolo.

Os cientistas da Jaxa acreditam que é mais interessante explorar o subsolo do que a superfície do asteroide, que recebe mais impacto de raios cósmicos.

Lançada em maio de 2003, a primeira Hayabusa recolheu mostras do asteroide Itokawa, a 290 milhões de quilômetros da Terra, em setembro de 2005.

Dificuldades de telecomunicações com a sonda, avarias dos motores, baterias e outros equipamentos obrigaram os técnicos usar de inventividade para recuperar o controle e trazê-la de volta com três anos de atraso.

A viagem se transformou numa interminável jornada de sete milhões de quilômetros. E a Hayabusa se converteu para os japoneses no símbolo de sua perseverança.

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6 de set. de 2014

Asteroide passará perto da Terra neste fim de semana

Com apenas 20 metros de extensão, ele é considerado pequeno


Um pequeno asteroide, com cerca de 20 metros, passará "muito perto" da Terra no próximo domingo, informou a NASA. A agência descarta que o 2014RC, como é chamado, represente uma ameaça para o nosso planeta.

Sua maior proximidade será às 15h18 (horário Brasília) no dia 7 de setembro, quando o asteroide passará acima da Nova Zelândia.

O corpo celeste foi descoberto no dia 31 de agosto pelo programa Catalina Sky Survey (CSS), operado pelo Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona (EUA), que utiliza dados de três telescópios para procurar cometas, asteroides e objetos próximos à Terra.

O asteroide também foi, detectado de forma independente na noite seguinte pelo telescópio do Observatório Pan-STARRS situado no Havaí e ambos informaram as suas observações ao Minor Planet Center da União Internacional Astronômica, em Cambridge (Massachusetts).

No momento de maior proximidade, o asteroide estará aproximadamente a 40 mil quilômetros de distância da Terra. 

Os cientistas informaram que apesar desta "proximidade", o asteroide não poderá ser visto a olho nu, embora astrônomos amadores que tenham pequenos telescópios talvez consigam observar o asteroide, que se deslocará rapidamente seguindo sua órbita.

O corpo celeste passará pela parte externa da órbita geossíncrona dos satélites artificiais de telecomunicação e meteorológicos que orbitam a uma distância ao redor de 36 mil quilômetros da superfície de nosso planeta.

A comunidade científica terá uma oportunidade única para observar e aprender mais sobre os asteroides, assinala a NASA. Apesar de, nesta ocasião, o 2014RC não cair na Terra, os cientistas calculam que sua órbita o traga de novo às proximidades de nosso planeta no futuro e sua órbita será recalculada periodicamente.

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4 de set. de 2014

Estrutura em forma de célula microbiana é descoberta em meteorito de Marte

Apesar do título desta matéria, cientistas não consideram o achado uma evidência de vida no planeta vermelho
Pesquisadores encontraram estruturas que lembram células de micróbios dentro de um meteorito vindo de Marte. O meteorito é chamado de Nakhla e foi encontrado no Egito, em 1911. Dentro dele havia um objeto microscópico e oval que intrigou os cientistas, por sua forma similar a um micróbio. Contudo, eles acreditam que é provável que a estrutura tenha se formado por meio de um processo geológico, ou seja, não significa que era um organismo vivo. 

O 'ovoide', como os pesquisadores chamam, tem cerca de 80 micras de comprimento por 60 de largura - muito maior do que uma bactéria, mas de tamanho similar a um micróbio eucariótico. 

Para estudar a estrutura, pesquisadores usaram diferentes técnicas, como espectrometria e raio-x. Esses exames mostraram que o ovoide é feito de barro rico em ferro e vários outros minerais. Com isso, cientistas acreditam que o ovoide se formou quando materiais preencheram parcialmente um buraco na rocha. 

Mas, de acordo com o estudo, publicado no periódico Astrobiology, essa hipótese não descarta completamente o envolvimento de material biológico na formação do ovoide. "Apesar de ser improvável que o ovoide em si seja um organismo, é possível que ele tenha sido formado por microrganismo, ou pode conter material orgânico que veio de outros lugares. Como o ovoide é oco, ele teria espaço suficiente para acomodar colônias de microrganismos", contou Elias Chatzitheodoridis,da Universidade Técnica Nacional de Atenas, na Grécia, o principal autor do estudo. 

"Ficaríamos felizes se encontrássemos mais coisas no ovoide, mas precisamos abrir a amostra de uma maneira muito cuidadosa", completou o pesquisador.

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3 de set. de 2014

Dica do dia

2001: Uma odisseia no espaço

2001: Uma odisseia no espaço - Stanley Kubrick (1968)

O filme que tem quase 46 anos de existência é apontado por muitos como uma obra-prima cinematográfica. Dirigido por Stanley Kubrick com a colaboração de Arthur C. Clarke, surgiu o épico espacial, considerado por muitos críticos um dos melhores e mais influente filmes de ficção da história. 

Traçando a trajetória do homem desde, aproximadamente, quatro milhões de anos antes de Cristo, até o ano de 2001, o filme trata de elementos temáticos da evolução humana, tecnologia, vida extraterrestre, além de ser o primeiro filme a levantar a hipótese da inteligência artificial. O longa se adiantou no tempo, prevendo a chegada do homem à Lua, que aconteceu mais de um ano antes de Neil Armstrong chegar até lá.



Na "Aurora do Homem" (pré-história), um misterioso monólito cai na Terra e muitos anos depois, em 1999, é descoberto um segundo monólito na Lua, parecendo emitir sinais de outra civilização interferindo no nosso planeta. Logo, uma missão internacional é enviada a Júpiter para investigar o enigmático monólito na nave Discovery, totalmente controlada pelo computador HAL 9000.

No entanto, no decorrer da viagem HAL entra em pane e tenta assumir o controle da nave, eliminando um a um os tripulantes. Mostra ndo os astronautas travando uma luta mortal contra o computador.



Durante todo o filme, o diretor levanta diversas questões. Com o objetivo de responder os questionamentos levantados, o escritor Arthur C. Clarke escreveu em 2010: O ano em que Faremos Contato.

“Eu tentei criar uma experiência visual, que se desviasse do campo das palavras e penetrasse diretamente no subconsciente com um teor emocional e filosófico.... Projetei o filme para ser uma experiência subjetiva intensa, que atingisse o espectador num nível profundo de consciência, exatamente como a música faz", conta o Kubrick.

Está esperando o que para assistir?


2 de set. de 2014

Você sabia?

O nosso planeta já girou bem mais rápido do que o faz atualmente. Há cerca de 37 milhões de anos a Terra completava uma volta em torno do seu eixo em apenas 22 horas. Como o nosso planeta está girando cada vez mais lentamente isso significa que a duração do dia está aumentando. Sabe-se que, a cada ano, o dia fica, aproximadamente, 18 microssegundos mais longo. Daqui a 60 mil anos o dia terrestre terá 1 segundo a mais.


1 de set. de 2014

Astrônomos obtêm a imagem mais nítida de uma colisão de galáxias

Um grupo de astrônomos obteve a imagem mais detalhada até o momento de uma colisão entre duas galáxias ao combinar o poder de diferentes telescópios na Terra e no espaço, com o de uma lupa "de proporções cósmicas".
Essa imensa lupa é a galáxia H1429-0028 que, graças ao efeito "de lente gravitacional", permitiu aos cientistas a observação, informou o Observatório Austral Europeu (ESO, sigla em inglês) em comunicado.

O efeito de lupa acontece quando, por causa de sua forte gravidade, enormes estruturas como galáxias e acúmulos de galáxias desviam a luz que existe por trás de determinados objetos distantes e brilhantes, o que os tornam visíveis e acessíveis para o estudo, detalhou a nota.

As imagens obtidas graças à galáxia H1429-0028, que permitiu comparar as galáxias locais com outras muito mais remotas, confirmaram que este caso de "vigorosa formação estelar" aconteceu quando o Universo tinha apenas a metade de sua idade atual.

"Enquanto os astrônomos frequentemente se veem limitados pela potência de seus telescópios, em alguns casos nossa capacidade para ver detalhes é enormemente melhorada por lentes naturais, criadas pelo Universo", explicou o autor principal da pesquisa, Hugo Messias, da Universidade de Concepción, no Chile.

Para que essas lentes gravitacionais funcionem, é necessário que a galáxia que desempenha o papel de lente e a que se encontra por trás, afastada, devem estar alinhadas de modo muito preciso.

"Esses alinhamentos casuais são muito raros e tendem a ser difíceis de identificar", acrescentou Messias, "mas estudos recentes demonstraram que por meio da observação longitudinal das ondas do infravermelho distante e da variação milimétrica, podemos encontrar esses casos de forma muito mais eficiente".

Diante da dificuldade para estudar esse objeto estelar, a equipe de astrônomos começou uma extensa campanha de acompanhamento com telescópios de grande potência, tanto na Terra como no espaço, que proporcionaram diferentes pontos de vista que, junto ao obtido pela lente natural da galáxia H1429-0028, foram combinados para captar a melhor imagem deste "objeto incomum", acrescentou o ESO.

O conjunto de lentes ajudou, também, a afirmar que uma das galáxias da colisão ainda mostra sinais de rotação, o que indica que era uma galáxia de disco puro logo antes do choque.

Entre o conjunto de instrumentos que foram utilizados para obter a imagem se encontram três telescópios do ESO: ALMA, APEX e VISTA, todos localizados em suas instalações no Chile, além do telescópio Hubble da Nasa e da Agência Espacial Europeia, do telescópio Gemini Sul, do telescópio Keck-II e do telescópio Spitzer da Nasa.

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