30 de mar. de 2015

Curiosity encontra nitrogênio em sedimentos em Marte

Sonda robótica Curiosity, em Marte (Foto: AP Photo/NASA, JPL-Caltech, MSSS, File)
O veículo Curiosity encontrou nitrogênio fixado em sedimentos em Marte: “Um novo passo na avaliação da habitabilidade deste planeta, já que o nitrogênio é um elemento imprescindível para a vida.” 

Essa foi a principal conclusão do estudo divulgado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS), no qual participaram pesquisadores espanhóis do Centro Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) e que sugere a existência do ciclo do nitrogênio em Marte em algum momento de sua evolução como planeta. 

A presença do elemento no planeta foi verificada a partir do instrumento Sample Analysis at Mars (SAM, sigla em inglês), que coletou amostras de três lugares diferentes, informou o CSIC em uma nota de imprensa. 

Duas dessas amostras foram conseguidas com perfurações feitas em rochas batizadas como "Sheepbed", durante uma missão na "Yellowknife Bay", local onde, acredita-se, existiram lagos e rios em algum momento da história geológica do planeta. A terceira amostra provém de um depósito de areia, que representa a poeira de Marte. 

Francisco Javier Martín Torres, pesquisador do Instituto Andaluz de Ciências da Terra (centro conjunto do CSIC e da Universidade de Granada), explicou que a disponibilidade de nitrogênio bioquímico útil, junto com as condições que "provavelmente existiram em Marte e a possível presença de compostos orgânicos em seu solo, refletem um cenário potencialmente habitável para algum tipo de ser vivo no passado". 

Torres explicou que a presença de nitrogênio no planeta é um fator a ser levado em consideração em relação à possibilidade de existir vida em Marte na atualidade, já que, este elemento é imprescindível na síntese de moléculas como as proteínas RNA e DNA. 

No entanto, de acordo com o estudo, ainda não há indícios de algum mecanismo que faça com que o nitrogênio fixado no solo retorne à atmosfera e mantenha o ciclo do nitrogênio, como acontece na Terra. 

Por isso, os pesquisadores sugerem que, se a vida existiu em algum momento na superfície de Marte, não esteve em todo o planeta, mas esta afirmação ainda deve ser comparada com estudos posteriores. 

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28 de mar. de 2015

Revista ‘Science’ lança HQ digital interativa em comemoração aos 100 anos da teoria da relatividade geral, de Albert Einstein.

A HQ interativa ‘Gereral relativity: the comic book’, lançada pela revista ‘Science’, é uma homenagem aos 100 anos da teoria da relatividade geral e está disponível ‘on-line’. (Imagem: reprodução)

Quatro páginas para renovar a visão sobre a gravidade. Parece tarefa absurda, mas esse foi o feito do físico Albert Einstein no seu artigo publicado em 1915, no qual descreveu a teoria da relatividade geral.

Para comemorar os 100 anos da “superteoria”, a revista Science preparou um guia bastante descontraído – disponível on-line – para explicar os conceitos abordados por Einstein. General relativity: the comic book é uma HQ interativa, em que a história se desenrola na velocidade do leitor. O produto final é simples e acessível, e ainda conta com trilha sonora.

O escritor da HQ, o jornalista Adrian Cho, conta sobre os objetivos da iniciativa. “Queríamos explicar as ideias básicas da relatividade geral de uma maneira visual. Quem não ama uma história em quadrinhos?”, diz Cho.

“Embora a teoria seja altamente matemática, a ideia básica por trás dela – de que a gravidade deforma o espaço-tempo – não é tão difícil de ser compreendida”, comenta o jornalista. “Espero que a HQ ajude mais pessoas a entenderem as ideias de Einstein”, finaliza.

Einstein super-herói

Na história, Einstein é o super-herói que guia a leitura. Ao avançar, o leitor tem acesso ao que se passava na mente do cientista e o que o levou à elaboração da teoria da relatividade geral.

Estrelas, satélites e nós, humanos, tudo sob o domínio da gravidade. A ação misteriosa dessa força foi uma incógnita por séculos, intrigou e motivou estudiosos de todo planeta.

O físico Isaac Newton pavimentou o caminho pelo qual, posteriormente, Einstein passaria. O cientista procurou novas perspectivas. Inconformado com o que não estava completamente respondido, ousou perguntar a si mesmo: e se...

Imaginativa, cheia de cores e movimento, a HQ é uma homenagem acertada para a teoria que hoje é aceita como a melhor descrição da atuação da gravidade.

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27 de mar. de 2015

Dica do dia: Planeta Vermelho

Planeta vermelho - Antony Hoffman (2000)
O filme passa em um futuro apocalíptico, no ano de 2045. A Terra enfrenta uma crise ecológica, onde seus recursos naturais estão se esgotando, decorrente da poluição e da superpopulação. A procura de um bom lugar para sobreviver, uma equipe de astronautas é convocada para formar a tripulação de uma expedição até o planeta vermelho.

A equipe de astronautas americanos faz uma expedição a Marte. No entanto, o grupo enfrenta dificuldades, onde uma aterrissagem mal sucedida danifica os equipamentos, fazendo com que membros da tripulação comecem a depender uns dos outros para sobreviver na atmosfera hostil de Marte.

Vale pena assistir!



NASA envia nesta sexta-feira astronautas para passar um ano inteiro no espaço a bordo da ISS

Coordenadores de vôo Scott Kelly da NASA, Gennady Padalka e Mikhail Kornienko da Roscosmos. Kelly e Kornienko vai passar um ano inteiro no espaço a bordo da ISS. (Imagem: Roscosmos / GCTC)

A agência espacial norte-americana irá enviar nesta sexta-feira, uma tripulação com astronautas para passar um ano na Estação Espacial Internacional. O lançamento e a chegada do grupo ao laboratório orbital serão transmitidos pela NASA Television. 

A tripulação irá inicialmente com três astronautas, dos quais dois estão se preparando para passar um ano na estação espacial internacional. A maioria das expedições para a estação espacial tem duração de quatro a seis meses, mas, o astronauta da NASA Scott Kelly e o cosmonauta russo Mikhail Kornienko iniciam uma missão de um ano no espaço para estudar como o corpo humano reage e se adapta ao ambiente inóspito do espaço.

O astronauta Scott Kelly e o cosmonauta russo Mikhail Kornienko que irão
passar um ano na estação espacial (Imagem: NASA / Bill Stafford)

Devido ao longo período de exposição a um ambiente de microgravidade, o corpo humano pode ser afetado de diversas formas. Sintomas físicos, incluindo alterações nos olhos, atrofia muscular e perda óssea podem ser ocasionados pela falta de gravidade. Alguns sintomas psicológicos também serão estudados, assim como o efeito de viver em espaços isolados e pequenos. Essa experiência será importante para futuras missões humanas à Marte. As informações coletadas dessa missão podem trazes benefícios aos humanos aqui na Terra, auxiliando pacientes a se recuperarem de longos períodos de repouso e melhorar o monitoramento de pacientes incapazes de combater infecções. 

Enquanto o astronauta está no espaço, seu irmão gêmeo idêntico, Mark Kelly, vai participar de uma série de estudos genéticos comparativos. Alguns desses experimentos vai incluir a coleta de amostras de sangue, bem como testes psicológicos e físicos. Estes testes irão rastrear qualquer degeneração ou evolução que ocorre no corpo humano a partir de exposição prolongada a um ambiente de gravidade zero. 

O resultado das pesquisas serão publicadas, um passo importante na redução de custos e melhoria da eficiência de futuras pesquisas na estação espacial.

Fonte: NASA

Grande asteroide irá passar próximo da Terra nesta sexta-feira

O asteroide 2004 BL86 passou pela Terra em 26 de janeiro a uma distância de cerca de 1,3 milhão de 
quilômetros - pouco mais de três vezes a distância da Terra à Lua


Um asteroide, com a área de uma das faces de um quilômetro quadrado, está a caminho da Terra nesta semana. Segundo a NASA, ele deve atingir o ponto mais próximo do planeta nesta sexta-feira (27).

O asteroide 2014-YB35 viaja numa velocidade de 37 mil quilômetros por hora e deve passar "raspando" a 4,4 milhões de quilômetros, algo como 11,7 vezes a distância da Terra à Lua. Não há previsão de danos nem impactos.

O 2014-YB35 foi descoberto em dezembro do ano passado e deve voltar a passar próximo à Terra em 2033, a uma distância de 3,3 milhões de quilômetros. Ele é considerado um asteroide de potencial destrutivo (PHA). Segundo a NASA, existem no espaço cerca de 1.500 asteroides nessas condições.

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26 de mar. de 2015

Com atraso de 4 anos, Câmara aprova adesão do Brasil a megatelescópio

Concepção artística mostra como deve ser o E-ELT no pico do Cerro Armazones, no Chile (Foto: ESO/L. Calçada)
A aprovação pela Câmara dos Deputados da adesão do Brasil ao maior consórcio de pesquisas astronômicas do mundo, o Observatório Europeu do Sul (ESO), veio com mais de quatro anos de atraso. O acordo de adesão do país ao grupo foi assinado em dezembro de 2010 pelo então ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. O projeto segue agora para votação no Senado.

Ao aderir ao ESO, o Brasil abre para os cientistas brasileiros a oportunidade de usarem telescópios e instrumentos de observação de ponta instalados no norte do Chile.O consórcio é responsável pelo projeto do megatelescópio E-ELT (Sigla para “European Extremely Large Telescope”, que deve ser o maior telescópio do mundo, com um espelho primário de 39 metros de diâmetro.

Em contrapartida, o país deve investir 270 milhões de euros (cerca de R$ 945 milhões).

Para o astrônomo Cassio Barbosa, colunista do G1, trata-se de um bom movimento para a ciência brasileira fazer parte do ESO. “O ESO sempre foi conhecido pelos instrumentos que estão na vanguarda da astronomia”, diz. Ele observa que a participação do Brasil partiu de um convite do grupo. “O convite veio de cima. É como se fosse um atestado de qualidade das pesquisas feitas pelos brasileiros.”

Atraso gera mal-estar

Desde 2010, quando o acordo foi assinado pelo Brasil, cientistas brasileiros já podem pleitear o uso de instrumentos do ESO, segundo Barbosa.

A questão é que até o momento, o país não pagou a conta por esse uso, o que tem gerado um mal-estar na comunidade científica internacional. “Causa um mal-estar porque o Brasil está devendo. Desde 2011, quando deveriam começar as contribuições, o taxímetro está rodando, são quase 5 anos de atraso”, diz Barbosa. 

O astrônomo observa que parte da comunidade científica brasileira tem críticas em relação à adesão ao ESO, pois trata-se de um grande investimento que não garante um tempo fixo de uso dos instrumentos de observação, como acontece em outros consórcios dos quais o Brasil faz parte. Em vez disso, o uso dos instrumentos depende da aprovação do mérito do projeto de pesquisa pelo ESO. 

Que pesquisas poderão ser feitas? 

Para Barbosa, ter à disposição os instrumentos do ESO pode estimular o desenvolvimento de pesquisas de ponta pelas novas gerações de astrônomos brasileiros. “Podem ser feitas desde pesquisas com objetos do Sistema Solar até pesquisas mais profundas sobre a estrutura do Universo. O mais produtivo equipamento em terra para detecção de exoplanetas fica em La Silla, que é uma das sedes desse consórcio.” 

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25 de mar. de 2015

Você conhece a Nebulosa escura Cabeça de Cavalo?

Esta é uma nebulosa escura localizada na constelação Orion e que faz parte da imensa nuvem molecular que ali existe. A nebulosa Cabeça de cavalo está a cerca de 1500 anos-luz de nós e possui cerca de 3,5 anos luz de largura.

O brilho avermelhado desta nebulosa é criado pelo gás hidrogênio que existe predominantemente atrás dela e que é ionizado pela estrela brilhante vizinha Sigma Orionis. 

A cor escura da Cabeça de Cavalo é produzida principalmente pela poeira espessa ali existente, embora o gás interestelar ainda seja o elemento dominante na região. Os pontos brilhantes dentro desta região escura são estrelas jovens em processo de criação.


24 de mar. de 2015

NASA descobre auroras intensas e enigmática nuvem de pó em Marte

CONCEITO DA PESQUISA DA SONDA MAVEN (FOTO: UNIVERSIDADE DO COLORADO - NASA)
A sonda espacial MAVEN, que analisa a atmosfera superior do planeta Marte, detectou dois fenômenos insólitos: auroras intensas e uma nuvem de pó a grande altitude da qual se desconhece a origem.

A presença de pó em altitudes orbitais de entre 93 e 190 milhas (150 e 300 quilômetros) é "inesperada", segundo explicou a agência espacial americana em uma nota.

"Se o pó se origina na atmosfera, isto sugere que desconhecemos um processo fundamental na atmosfera marciana", afirmou a pesquisadora Laia Andersson, da Universidade do Colorado em Boulder.

O enigma deixado pelas nuvens de pó detectadas é que estão tão altas que nenhum processo atmosférico conhecido nesse planeta poderia produzi-las.

Por outro lado, o mais surpreendente da aurora detectada por MAVEN é a profundidade da atmosfera na qual ocorre, "muito maior que na Terra ou em qualquer outro lugar de Marte", declarou Arnaud Stiepen, da Universidade do Colorado.

"Os elétrons produzidos devem ser realmente energéticos", acrescentou.

No mundo científico estas auroras foram batizadas como "As luzes de Natal", porque MAVEN as descobriu cinco dias antes do último dia 25 de dezembro.

A sonda MAVEN foi lançada em 18 de novembro de 2013 para resolver o mistério de como o planeta vermelho perdeu a maior parte de sua atmosfera e de sua massa de água.

O engenho espacial chegou a Marte no último dia 21 de setembro e deve completar uma missão de um ano.

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19 de mar. de 2015

Lua está se distanciando da Terra, indica estudo


O satélite, no alto do céu, parece ser algo que sempre esteve lá e sempre continuará igual, no mesmo lugar. No entanto, de acordo com cientistas, isso pode não acontecer. Na verdade, nossa relação com o satélite natural da Terra está mudando de maneira irreversível. Segundo os especialistas da University College, de Londres, esse fenômeno está acontecendo porque a velocidade de rotação de nosso planeta está diminuindo – essa, por sua vez, por causas naturais relacionadas à fricção entre as massas de água e terra. As velocidades de ambos os corpos são inversamente proporcionais, por isso, quando a Terra perde ritmo, a Lua acelera, o que faz com que o satélite se afaste cada vez mais do planeta.

A Lua se desvia, aproximadamente, 3,78 centímetros por ano da Terra e está 18 vezes mais distante do que no momento do seu surgimento, há 4,5 bilhões de anos. Além da sensação melancólica que causa a imagem de uma Lua se afastando, esse processo pode afetar de forma mais visível nosso planeta: os dias ficarão mais longos, os invernos serão mais frios e os verões mais quentes. E, pelo fato da força de atração gravitacional se tornar mais fracas, as marés não serão tão perceptíveis. Contudo, os cientistas afirmam que a Lua nunca vai desaparecer, mesmo quando a Terra estiver em uma velocidade mais lenta: em algum momento, o planeta e seu satélite vão chegar a um equilíbrio e este deixará de se distanciar. É claro que, antes disso, o Sol deverá se expandir até se tornar um gigante vermelho, devorando a Terra e a Lua. Mas, para isso, ainda faltam cinco bilhões de anos.

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18 de mar. de 2015

Encontrados equipamentos usados por Neil Armstrong na viagem à Lua

Objetos guardados por Armstrong: a câmera pode valer US$ 1 milhão
Uma bolsa usada pelo astronauta norte-americano Neil Armstrong em sua histórica viagem à Lua, em julho de 1969, foi apresentada ao público no mês passado. O objeto foi encontrado em um armário pela viúva de Armstrong, Carol, após a morte dele em 2012. O conteúdo da sacola, que incluía uma câmera fotográfica, fios elétricos, correias e ferramentas, foi analisado por curadores do Smithsonian National Air and Space Museum em Washington, Estados Unidos. A conclusão dos especialistas é de que a bolsa acompanhou mesmo Armstrong no módulo lunar Eagle, que pousou na superfície lunar. Armstrong, que viajou com os astronautas Buzz Aldrin e Michael Collins a bordo da Apollo 11, foi o primeiro homem a pisar na Lua. Transcrições de uma conversa entre Armstrong e Collins na época ajudaram a confirmar a autenticidade do material: “Aquilo é apenas um monte de lixo que queremos levar de volta – peças do módulo lunar e miudezas”, disse Armstrong. Um consultor em assuntos espaciais ouvido pela rede de televisão CBS, Bill Harwood, afirmou que somente a câmera alcançaria US$ 1 milhão em leilões de relíquias históricas.

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17 de mar. de 2015

NASA publica vídeo no qual é possível ver o pôr do sol em Marte



A NASA publicou um vídeo em que mostra o impressionante pôr do sol no planeta de Marte. Esse inquietante entardecer marciano foi capturado pelas câmeras de alta resolução do veículo robótico Opportunity.

Reunindo cada uma das fotografias tiradas pelo Opportunity, que cumpre uma missão em Marte desde o dia 7 de julho de 2007, a NASA conseguiu recriar o maravilhoso pôr do sol marciano, um espetáculo que o veículo de exploração presencia todos os dias. Não deixe de testemunhar também e confira tudo no vídeo abaixo:

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Você sabia que os cometas podem ser divididos em duas grandes categorias?

Os cometas podem ser divididos em duas grandes categorias. Existem aqueles com períodos menores que 200 anos e que possuem trajetórias bastante próximas ao plano da eclíptica (o plano onde estão as órbitas dos planetas). Eles são chamados de “cometas de curto período”. No entanto, existem outros cometas que descrevem órbitas que estão bem fora do plano da eclíptica. Esses cometas têm períodos superiores a 200 anos e são classificados como “cometas de longo período”. Os cometas de curto período são provenientes do Cinturão de Luiper, enquanto que os de longo período vem da nuvem de Oort.


16 de mar. de 2015

NASA confirma oceano em satélite de Júpiter


Cientistas que utilizam o Telescópio Espacial Hubble confirmaram que o satélite Ganímedes, na órbita de Júpiter, possui um oceano por baixo de uma crosta superficial de gelo, elevando a probabilidade da presença de vida, afirmou a NASA.

A descoberta resolve um mistério relacionado ao maior satélite natural do Sistema Solar após a nave Galileo, já aposentada, ter fornecido pistas sobre a existência de um oceano abaixo da superfície de Ganímedes enquanto cumpria uma missão exploratória ao redor de Júpiter e de seus satélites, entre 1995 e 2003.

Assim como a Terra, Ganímedes possui um núcleo de ferro fundido que gera um campo magnético, embora o campo magnético de Ganímedes seja misturado ao campo magnético de Júpiter. Isso dá origem a uma interessante dinâmica visual, com a formação de duas faixas de auroras brilhantes nos pólos norte e sul de Ganímedes.

O campo magnético de Júpiter se altera com sua rotação, agitando as auroras de Ganímedes. Cientistas mediram tais movimentos e descobriram que os efeitos visuais se mostravam mais restritos do que deveriam.

Usando modelos gerados por computador, eles chegaram à conclusão que um oceano salgado, capaz de conduzir eletricidade abaixo da superfície do satélite se contrapunha à atração magnética de Júpiter.

"Júpiter é como um farol cujo campo magnético muda conforme a sua rotação. Isso influencia a aurora", explicou o geofísico Joachim Saur, da Universidade de Colônia, na Alemanha. "Com o oceano, a agitação fica significativamente reduzida."

Os cientistas testaram mais de 100 modelos simulados em computador para observar se qualquer outro elemento poderia ter impacto sobre a aurora de Ganímedes. Eles também reprocessaram sete horas de observações ultravioletas do telescópio Hubble e analisaram dados sobre ambos os cinturões de aurora do satélite.

O diretor da Divisão de Ciência Planetária da NASA, Jim Green, classificou a descoberta como "uma demonstração surpreendente".

"Eles desenvolveram uma nova abordagem para observar a parte interna de um corpo planetário com um telescópio", disse Green.

Ganímedes se junta agora a uma crescente lista de satélites localizados nas regiões mais afastadas do sistema solar que possuem uma camada de água abaixo da superfície.

Recentemente, cientistas disseram que o satélite de Saturno, Encélado, possui correntes quentes de água abaixo de sua superfície gélida. Entre outros corpos ricos em água estão Europa e Callisto, também satélites naturais de Júpiter.


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14 de mar. de 2015

Aniversário do físico teórico Albert Einstein

Imagem da internet
Neste sábado, 14 de março de 2015 Albert Einstein faria 136 anos. O físico alemão é considerado um dos maiores gênios científicos de todos os tempos, nasceu nesta mesma data no ano de no ano de 1879. No início de sua carreira, Einstein formulou a Teoria da Relatividade, tornando-o um físico mundialmente conhecido, e virou sinônimo de gênio.

NASA lança missão que estudará o campo magnético da Terra

A MMS DENTRO DO FOGUETE QUE A LEVOU PARA O ESPAÇO (FOTO: NASA)



A NASA lançou com sucesso na última quinta-feira (12) uma missão pioneira para estudar a interação do campo magnético da Terra com o de outros corpos celestes, como o Sol, e que permitirá conhecer com maior precisão como atuam estas trocas de energia no Sistema Solar.

O lançamento aconteceu às 22h44 (horário local, 23h44 de Brasília) das instalações da NASA na base de Cabo Canaveral, na Flórida.

Os quatro observatórios espaciais idênticos que compõem o Sistema Multiescala Magnetosférico (MMS) partiram a bordo do foguete Atlas V.

"Os responsáveis pela missão esperam receber a confirmação do desdobramento bem-sucedido dos quatro equipamentos espaciais por volta das 00h29 (01h29 de Brasília)", explicou a NASA em uma nota.

A missão começará a enviar dados à Terra em setembro e a previsão é que esteja em funcionamento durante dois anos, embora a NASA não descarte ampliar sua vida útil.

A missão proporcionará a primeira vista tridimensional da reconexão magnética da Terra com o Sol, um processo que ajudará a entender como se conectam e desligam os campos magnéticos no universo.

Os cientistas esperam obter dados sobre a estrutura e dinâmica da energia que intercambiam os campos magnéticos quando se encontram, momento no qual se produz uma liberação explosiva de energia.

Os quatro observatórios espaciais, equipados com sensores de alta precisão, voarão simultaneamente em formação a uma distância de aproximadamente 10 quilômetros um dos outros, para que a combinação de seus dados permita ter uma visão tridimensional do problema.

A missão MMS utilizará a magnetosfera da Terra como um laboratório para estudar, além da reconexão magnética, outros dois processos fundamentais, como a aceleração de partículas energéticas e a turbulência.

Esta missão também será importante para entender como esta troca energética afeta os fenômenos meteorológicos espaciais e seu efeito sobre os sistemas tecnológicos modernos, como as redes de comunicações, de navegação GPS e as redes de energia elétrica.

A reconexão magnética produz fenômenos como as auroras, vistas nos polos quando o vento solar penetra em nosso "escudo protetor" e as partículas de energia liberadas entram no campo magnético da Terra.

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13 de mar. de 2015

Dica do dia: Interestelar

Interestelar - Christopher Nolan (2014)

Interestelar é a mais nova produção do diretor hollywoodiano Christopher Nolan, o mesmo das franquias de sucesso dos filmes The Dark Knight e Inception. O filme faz uso de uma tecnologia futurística para conduzir o espectador a uma viagem à velocidade da luz.

Protagonizado por atores como Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Jessica Chastain e Michael Caine, o filme aborda um grupo de astronautas que, após ver a Terra consumindo boa parte de suas reservas naturais, viajam em uma missão para verificar possíveis planetas que possam abrigar a população mundial.

Matthew McConaughey, Anne Hattaway e David Oyelowo contracenam em "Interestelar"
Um grupo de pesquisadores faz uma viagem, entre buracos negros, até dimensões paralelas, percorrendo o espaço através dos “buracos de minhoca”, um dos problemas da física surgidos a partir da Teoria da Relatividade.

Por se tratar de um filme com grande apelo futurista, que se esforça em convencer que a humanidade algum dia viajará entre as estrelas a um décimo da velocidade da luz. É inevitável as comparações com o filme 2001 - Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick, um diretor visionário.

Imagens dos filmes Interestelar e 2001 – uma Odisséia no Espaço
O astrofísico americano Neil deGrasse Tyson, opinou sobre o filme em sua conta no Twitter. Ele fez elogios ao filme, dizendo que Interestelar revela conceitos da relatividade do tempo e do espaço de Einstein, de modo que nenhum outro filme fez antes.

Tyson também fez comparações com o filme de Kubrick, "Quando você se aproxima de um buraco negro, o buraco negro distorce o espaço nas suas proximidades, e este foi capturado lindamente. Na vez de 2001, a formulação matemática dos buracos negros não foi totalmente explorada, por isso tudo que podiam fazer era jogar com o espaço e o tempo dimensão sem ser fixado a física gravitacional real.", e completou, "Eles reprisaram a correspondência de rotação de ancoragem manobra de 2001, mas eles giram 100x mais rápido"

A esquerda, a Estação Espacial V de “2001: Uma Odisseia No Espaço”, a direita, Endurance de “Interstellar”

O filme recebeu cinco indicações ao Oscar, levou a estatueta de Melhores Efeitos Visuais. Interestelar é um filme que exige concentração do espectador, oscila entre cenas calmas e outras muito barulhentas de modo que a sonoplastia prenda a atenção de quem está assistindo. 

Vale a pena conferir! 

Trailer do filme:


11 de mar. de 2015

Bóson de Higgs poderia explicar o domínio da matéria

As estrelas, os planetas, todos seres vivos, poderiam ser constituídos de antimatéria, mas não são. Alguma coisa aconteceu no início da história do Universo, dando uma vantagem para a matéria e deixando um mundo de coisas construídas a partir de átomos e poucos traços da antimatéria, que já foi farta, mas que atualmente é rara. Uma nova teoria publicada em 11 de fevereiro no periódico Physical Review Letters sugere que o bóson de Higgs, recentemente descoberto, pode ser a partícula responsável por isso – mais especificamente, o campo de Higgs associado à partícula.

Acredita-se que o campo de Higgs tenha interferência em todo o espaço e conceda massa às partículas que passam por ele. Se o campo de Higgs começou com um valor muito alto no início do Universo e foi diminuindo até seu valor atual, ele pode ter separado as massas de partículas e de suas antipartículas – uma anomalia, porque atualmente a antimatéria é caracterizada por ter a mesma massa, mas carga oposta à de sua contraparte de matéria. Essa diferença de massa, por sua vez, poderia ter aumentado as chances de partículas de matéria se formarem nos primeiros dias do Cosmos, produzindo o excesso de matéria que vemos atualmente em relação à antimatéria. “Essa é uma boa ideia que merece mais estudo”, declara o físico Kari Enqvist da Universidade de Helsinki, que não se envolveu no novo estudo mas que também pesquisou a possibilidade do campo de Higgs ter diminuído com o passar do tempo. “Existe uma probabilidade muito alta de que o campo de Higgs tivesse um grande valor inicial logo após a inflação”.

A inflação do Universo

Em teoria, a inflação foi a época inicial do Universo em que o espaço-tempo se expandiu rapidamente. “A inflação tem uma propriedade muito particular: ela permite que campos saltem”, explica o líder do estudo, Alexander Kusenko da University of California, Los Angeles. Durante a inflação, que alterou radicalmente o Universo em muito menos de um segundo, o campo de Higgs pode ter saltado de um valor para outro devido a flutuações quânticas e poderia ter ficado preso em um valor muito alto quando a inflação acabou. A partir daí, ele teria se acomodado em seu valor mais baixo, de “equilíbrio”. No entanto, enquanto seu valor mudava constantemente, isso poderia ter dado massas diferentes a partículas de matéria e antimatéria. Como partículas mais leves precisam de menos energia para se formar, elas surgiam com mais frequência. Assim, se a matéria fosse mais leve, ela poderia ter rapidamente se tornado mais numerosa.

A razão para o campo de Higgs ter tanta facilidade em saltar por aí durante a inflação é que a massa medida do bóson de Higgs, a partícula associada com o campo, é relativamente baixa. O bóson apareceu em 2012 dentro do Grande Colisor de Hádrons (LHC), na Suíça, revelando que sua massa era de aproximadamente 126 GeV (giga-elétron volts), ou cerca de 118 vezes a massa do próton.

De acordo com várias teorias, isso é um pouco mais leve do que ele poderia ter sido. Pense no campo de Higgs como sendo um vale entre duas colinas. O valor do campo é semelhante à elevação do vale, e a massa do bóson determina a inclinação das colinas. “Se você tiver um vale muito curvado, então provavelmente terá colinas bem íngremes”, observa Kusenko. “Foi isso que descobrimos. Esse valor nos diz que as colinas não são muito íngremes – e isso significa que o campo de Higgs poderia saltar por aí e ir bem longe”, até outros vales com elevações maiores. Enqvist concorda que Higgs poderia ter começado com um peso muito menor que o atual. Agora, se foi isso que fez com que a matéria se separasse da antimatéria, “já é uma questão mais especulativa”, pondera ele. 

Uma nova partícula

Essa separação dependeria da presença de uma partícula teórica que até agora não foi detectada: um neutrino de Majorana pesado. Neutrinos são partículas com três elementos fundamentais (elétron, múon e tau). Mas também pode existir um quarto neutrino muito mais pesado que os outros e, portanto, mais difícil de detectar (porque quanto mais pesada uma partícula, mais energia um colisor precisa produzir para criá-la). Essa partícula teria a estranha característica de ser sua própria parceira de antimatéria. Em vez de terem uma versão de matéria e uma de antimatéria, os neutrinos de Majorana seriam uma partícula única.

Essa qualidade incerta teria transformado os neutrinos em uma ponte que permitiria que partículas de matéria se transformassem em partículas de antimatéria e vice-versa no Universo primitivo. Leis quânticas permitem que partículas se transformem em outras partículas durante breves momentos. Normalmente é proibido que partículas se convertam entre matéria e antimatéria. Mas se uma partícula de matéria, como um neutrino do antielétron por exemplo, se transformasse em um neutrino de Majorana, ele deixaria de saber se era matéria ou antimatéria e poderia facilmente se converter em um neutrino do elétron ou voltar à sua forma original de neutrino do antielétron. E se esse neutrino fosse mais leve que o antineutrino, devido à variação do campo de Higgs, então o neutrino seria um resultado mais provável – possivelmente dando uma vantagem à matéria.

“Se for verdade, isso resolveria um grande mistério da física de partículas”, declara o físico Don Lincoln do Fermilab no estado de Illinois, que não se envolveu no estudo. Mas o neutrino de Majorana “é completamente especulativo e ainda não foi descoberto, mesmo que os experimentos do LHC tenham um vigoroso programa de pesquisa para procurá-lo. Pesquisadores certamente manterão essa ideia em mente enquanto vasculham os novos dados que o LHC começará a produzir”. 

Kusenko e seus colegas também têm outra esperança para conseguir mais apoio para sua teoria. O processo do campo de Higgs que eles imaginam poderia ter criado campos magnéticos com propriedades particulares que ainda habitariam o Universo atualmente – e, se for o caso, podem ser detectáveis. Se encontrados, a existência desses campos forneceria evidência de que o campo de Higgs realmente reduziu seu valor há muito tempo. Os cientistas estão tentando calcular exatamente quais seriam as propriedades do campo magnético, mas a opção levanta a tentadora esperança de que sua teoria poderia ter consequências testáveis – e talvez uma chance de finalmente resolver o mistério da antimatéria.

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10 de mar. de 2015

Novos indícios da origem da massiva nebulosa de Órion

As estrelas não são todas iguais, e nem seus criadores. De longe o mais conhecido berçário estelar, a nebulosa de Órion, já produziu milhares de jovens estrelas, grandes e pequenas. Ela brilha com tanta intensidade que pode ser vista ao olho nu, mesmo estando a 1.350 anos-luz de distância.

Em uma noite sem lua e com o fundo de céu escuro, sem poluição luminosa das cidades, a nuvem de gás e poeira que compõe a Nebulosa parece uma estrela difusa ao sul das três principais estrelas visíveis do cinturão de Órion.

Agora, uma técnica de imageamento revelou que essa grande nebulosa é apenas uma pequena parte de um enorme anel de poeira que se estende por centenas de anos-luz. A descoberta sugere as origens da Nebulosa: radiação e explosões de estrelas massivas no centro do anel podem ter forçado gás e poeira para fora até que parte do material colapsasse e desse origem à novas estrelas.

Ninguém havia notado o anel anteriormente porque a poeira que está no primeiro plano mascara o objeto recém-encontrado. “Nós ficamos completamente surpresos ao descobrir essa bela estrutura anelar”, declara Eddie Schlafly, astrônomo do Instituto Max Planck de Astronomia, na Alemanha. Ele e seus colegas encontraram o anel usando o telescópio de 1,8 metros Pan-STARRS, no Havaí, para mapear poeira interestelar.

A poeira deixa a luz estelar avermelhada – essa é uma das razões do Sol poente parecer alaranjado ou vermelho – então a equipe de Schlafly observou as cores de estrelas na maior parte do céu para verificar onde fica a poeira interestelar. A partir das cores e distâncias de 23 milhões de estrelas, a equipe estabeleceu a distribuição da poeira em três dimensões, dentro e ao redor de Órion.

Essas observações revelaram que a nebulosa de Órion está na borda de um vasto anel de poeira com 330 anos-luz de diâmetro – tão grande que a maior parte dele chega até Monoceros, uma constelação a leste de Órion. Se o anel fosse visível ao olho nu, ele pareceria 27 vezes maior que a lua cheia. A nebulosa de Órion está localizada em uma de suas regiões mais densas. A descoberta foi publicada no volume de 1º de fevereiro de 2015 do the Astrophysical Journal.

John Bally, astrônomo da University of Colorado Boulder, que não tem relação com a descoberta, considera fenomenal a nova técnica de mapeamento de poeira que revelou o anel. “Isso realmente nos permite medir a distribuição de poeira em três dimensões pela primeira vez”, declara ele. “Esse é um resultado impressionante”

A descoberta sugere as origens da Nebulosa de Órion. Um dos cenários possíveis: há 10 ou 20 milhões de anos, muito antes da existência da nebulosa de Órion, surgiu um grupo de estrelas massivas. Essas estrelas eram quentes e luminosas, e a luz ultravioleta que elas emitiam arrancava elétrons do hidrogênio gasoso interestelar em todas as direções. Essa radiação empurrava o gás e a poeira interestelares para longe em uma bolha que se expandia e foi sacudida ainda mais quando as estrelas explodiram em supernovas. Parte da superfície da bolha se tornou densa o bastante para colapsar, formando novas estrelas – e uma região especialmente rica em nascimentos estelares iluminou o gás e a poeira que atualmente chamamos de Nebulosa de Órion. 

Bally e Christopher McKee, astrofísico da University of California, Berkeley, declaram que esse cenário é plausível mas requer confirmação. Se a ideia estiver correta, o anel de poeira deveria estar se expandindo, então cientistas terão que medir a velocidade de expansão da poeira para verificá-la. Essas medidas também indicariam quando a expansão começou, assim datando a sequência de eventos que pode ter levado à formação da Nebulosa de Órion. 

A nova sonda europeia Gaia pode ajudar ainda mais ao determinar distâncias e movimentos de estrelas. A Gaia pode revelar estrelas que não se afastaram do centro do anel, irmãs das estrelas mortas que o criaram, trazendo mais informações sobre seu processo de formação. De acordo com Bally, a descoberta do anel de poeira de Órion é uma peça importante do quebra-cabeças, mesmo que muitos aspectos da ecologia de formação estelar na região ainda precisem ser compreendidos. 

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9 de mar. de 2015

Imagens de supernova podem ajudar a testar teoria de Einstein

Um efeito conhecido como “lente gravitacional” faz com que quatro imagens 
diferentes da supernova sejam visíveis
Um grupo de astrônomos acredita que pode usar as imagens de uma supernova (corpo celeste produzido pela explosão de uma estrela), captada pelo telescópio espacial Hubble, para testar a Teoria da Relatividade de Einstein e para medir a taxa de expansão do Universo.

O efeito conhecido como "lente gravitacional", causado por um fenômeno cósmico que faz com que a luz seja "curvada", gerou quatro imagens diferentes da supernova. Segundo cientistas, é esse sistema de "luz curva" que pode auxiliar estudos sobre a teoria de Einstein. A descoberta foi publicada na quinta-feira, 5, na revista Science.

Esse efeito funciona como um gigantesco telescópio natural. O fenômeno astronômico ocorre quando dois objetos se alinham em relação à Terra. A luz da fonte mais distante (a supernova) é defletida pela gravidade da fonte mais próxima (uma grande galáxia). Assim, forma-se uma espécie de lente imensa que amplia a luz da supernova.

"A luz é vista em quatro imagens, configuradas como uma cruz em torno da galáxia. É a chamada Cruz de Einstein, em homenagem ao físico que foi o primeiro a prever o fenômeno há cem anos", disse Anja von der Linden, pós-doutoranda no Instituto Niels Bohr, da Universidade de Copenhague.

Uma supernova com quatro imagens é algo inédito, segundo cientistas. Eles tentavam encontrá-la há pelo menos 50 anos. "Fiquei empolgado quando observei as quatro imagens. Foi uma surpresa", disse Patrick Kelly, da Universidade da Califórnia.

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7 de mar. de 2015

NASA afirma que Oceano em Marte era tão extenso quanto o Ártico

Cientistas descobriram a existência de um oceano primitivo em
Marte (Foto: Nasa/GSFC)

Cientistas que trabalham na NASA descobriram que, em algum momento, existiu em Marte um oceano tão extenso quanto o Ártico. 

Os pesquisadores também calcularam, mediante a análise da atmosfera marciana, que o planeta vermelho perdeu 87% de água no espaço.

De acordo com o artigo publicado na revista especializada "Science", a equipe explica que, quando Marte ainda era úmido, havia água o bastante para cobrir completamente o planeta até uma profundidade de 137 metros.

Na realidade, provavelmente a água formava um oceano que cobria a metade do hemisfério norte do planeta, aonde atingia até 1,6 km de profundidade.

Observações detalhadas

Dada a formação geológica em Marte, não é de hoje que os cientistas consideram essa parte do planeta como a zona mais propícia para ter um oceano, que talvez tenha se estendido por 19% da superfície de Marte. Em comparação, o Atlântico ocupa 17% da Terra.

"Nosso estudo estima que havia uma alta concentração de água em Marte, ao determinar as quantidades perdidas no espaço", explica Gerónimo Villanueva, um dos autores do trabalho e pesquisador no Centro Goddard de Voos Espaciais da NASA, em Greenbelt (EUA).

A estimativa se baseia em observações muito detalhadas sobre formas levemente distintas da água: a mais familiar, formada por um átomo de oxigênio e dois de hidrogênio (H2O), e a água pesada, quando um dos dois átomos de hidrogênio é substituído por deutério.

Usando o telescópio infravermelho Keck 2, localizado no Havaí, e o telescópio europeu do ESO, no Chile, os cientistas puderam fazer a distinção entre a constituição química da água nos dois casos. Comparando a proporção de água pesada na água natural, os pesquisadores conseguiram deduzir quanto de água foi perdido no espaço.

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6 de mar. de 2015

Astrônomos brasileiros descobrem dois aglomerados de estrelas nas extremidades da Via Láctea

(FOTO: CREATIVE COMMONS)

Como nascem as estrelas? Elas se originam a partir de aglomerados estelares presentes dentro de nuvens espaciais moleculares. Imagine encontrar dois desses “berços” em lugares improváveis, mais precisamente nas extremidades da Via Láctea, a 16.000 anos-luz do centro da nossa galáxia. Essa foi a descoberta de um grupo de astrônomos brasileiros liderados pelo astrofísico Denilso Camargo, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

CAMARGO 438 E CAMARGO 439 (FOTO: NASA)
Os aglomerados estelares, batizados de Camargo 438 e Camargo 439, estão distantes dos locais usuais de formação de estrelas e por isso criam dúvidas em relação a sua origem. Existem duas possibilidades: a explosão de estrelas massivas, sendo responsável pelo deslocamento das nuvens para extremidade da galáxia, conhecido como Efeito Chaminé, é a primeira; a segunda é que a poeira que originou os aglomerados tenha vindo de outra galáxia, provavelmente das Nuvens de Magalhães - duas galáxias anãs satélites da Via Láctea, que estão sendo engolidas pela nossa Galáxia.

“O grande problema da primeira possibilidade é que precisariam explodir muitas supernovas para jogar essa poeira tão longe. Teria que haver uma explosão sequencial de centenas delas”, diz Camargo. Essa variável pode eliminar a primeira possibilidade, afinal é muito difícil acontecer uma explosão sequencial de estrelas massivas. Mas ela não deve ser totalmente descartada.

O mais provável é que a poeira estelar veio das Nuvens de Magalhães, que sofre um processo de canibalismo espacial - sendo engolido pela Via Láctea. Se essa possibilidade se confirmar, Camargo 438 e Camargo 439 podem ser os primeiros aglomerados estelares formados fora da nossa Galáxia. “São os primeiros aglomerados detectados tão longe do disco da Via Láctea. Nuvens desse tipo já foram detectadas próximas do disco, mas essas abrem a possibilidade de serem aglomerados extragalácticos”, explica Denilso.

O artigo foi publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (MNRAS) e na NASA. Além de Denilso Camargo, assinam como coautores Eduardo Bica, Charles Bonatto e Gustavo Salerno, todos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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5 de mar. de 2015

Astrônomos encontram pontos brilhantes misteriosos em Ceres

PONTOS BRILHANTES EM CERES (FOTO: NASA)

Ceres, o planeta anão situado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, conhecido como Cinturão Principal, continua intrigando os cientistas da NASA. Imagens divulgadas pela agência espacial revelaram pontos brilhantes na superfície do pequeno planeta. As fotos foram feitas pela sonda espacial Dawn a uma distância de cerca de 46 mil quilômetros de Ceres.

Os pontos brilhantes não são raros, mas permanecem um mistério. Antigamente, acreditava-se que eram apenas crateras com gelo exposto, por existir água no interior do planeta. Porém, outra possibilidade surgiu a partir das novas imagens: os pontos brilhantes podem ter origem vulcânica - não com magma, como os vulcões terráqueos, e sim com água (criovulcanismo).

Mais de um ponto brilhante foi flagrado em Ceres, o que contribui para a teoria. "A proximidade dos pontos pode estar apontando para uma origem vulcânica, mas vamos ter de esperar para uma melhor resolução, antes de podermos fazer essas interpretações geológicas", disse Chris Russell, principal pesquisador da missão Dawn. A missão Dawn entrará na orbita de Ceres no próximo dia 6. A expectativa é de novidades.

Ceres tem 950 km de diâmetro e é um dos maiores corpos celestes do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. O planeta se destaca por seus recursos hídricos. Em uma era de colonização do espaço, o pequeno planeta é um dos favoritos dos astrônomos.

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Nosso planeta em movimento: Como se formou a atmosfera da Terra?

O nosso planeta formou-se há cerca de 5 bilhões de anos. A história da atmosfera da Terra anterior a um bilhão de anos atrás é muito pouco compreendida. A atmosfera atual que envolve a Terra é algumas vezes chamada de "terceira atmosfera". Com isso os pesquisadores tentam distinguir a atual composição química que ela possui das duas composições notavelmente diferentes que ela já possuiu.


A primeira atmosfera 

Nos primeiros 500 milhões de anos da existência da Terra, possivelmente existiu uma densa atmosfera. Essa atmosfera original que envolvia o nosso planeta nos primórdios de sua formação era formada principalmente por hidrogênio e hélio. Provavelmente ela surgiu a partir dos vapores e gases que foram expelidos pelo interior do nosso planeta durante o seu período de desgasificação. 

O calor proveniente do Sol e da crosta, ainda derretida, do nosso planeta dissipou essa atmosfera. 

A segunda atmosfera 

Há aproximadamente 3,5 bilhões de anos a superfície do nosso planeta já havia esfriado suficientemente para que fosse formada uma crosta sobre ele. Essa crosta ainda era composta por inúmeros e imensos vulcões que continuamente liberavam vapor, dióxido de carbono e amônia. Isso conduziu à formação da "segunda atmosfera" da Terra. Ela era constituída principalmente por dióxido de carbono e vapor d'água. Havia algum nitrogênio nela mas praticamente nenhum oxigênio. 

No entanto, algumas simulações sugeriram que essa segunda atmosfera pode ter tido muito mais nitrogênio do que o imaginado anteriormente, talvez até cerca de 40% desse elemento químico. 

Pesquisas mostram que a segunda atmosfera da Terra teve 100 vezes mais gás do que vemos na atmosfera atual do nosso planeta. 

Acredita-se de modo geral que o efeito estufa, causados pelos altos níveis de dióxido de carbono presentes na atmosfera terrestre, foi o responsável por evitar que o nosso planeta congelasse.

A terceira atmosfera 

Durante alguns bilhões de anos que se seguiram, o vapor de água existente na atmosfera se condensou formando chuvas e os oceanos, que começaram a dissolver o dióxido de carbono. Aproximadamente 50% do dióxido de carbono existente foi absorvido nos oceanos nessa época. 

Um dos tipos de bactérias mais antigos que sabemos ter existido na Terra são as chamadas cianobactérias. Até hoje elas são muito comuns no nosso planeta. 

Evidências fósseis indicam que as cianobactérias existiram há aproximadamente 3,3 bilhões de anos e foram os primeiros organismos fototrópicos evoluídos que produziram oxigênio. Essas bactérias seriam responsáveis pela conversão inicial da atmosfera da Terra de um estado anóxico (com baixo teor de oxigênio) para um estado com muito oxigênio. Sendo as primeiras a realizar a fotossíntese, essas bactérias foram capazes de converter o dióxido de carbono em oxigênio, desempenhando o papel principal na oxigenação da nossa atmosfera. Havia, provavelmente, uma quantidade muitíssimo maior de dióxido de carbono na atmosfera da Terra quando ela foi formada mas, ao longo do tempo, este dióxido de carbono foi quase todo incorporado nas rochas carbonadas embora uma parte menor dele tenha sido dissolvida nos oceanos e consumido pelas plantas vivas. 

As plantas fotossintetizadoras evoluíram e converteram mais dióxido de carbono em oxigênio. Ao longo do tempo o excesso de carbono ficou aprisionado nos combustíveis fósseis, rochas sedimentares (rochas calcárias) e nas conchas dos animais. 

Um ponto muito interessante do ponto de vista químico é a presença de oxigênio livre na atmosfera. O oxigênio é um gás muito reativo e sob circunstâncias "normais" se combina rapidamente com outros elementos. 

Deste modo, sabemos que o oxigênio existente na atmosfera da Terra é produzido e mantido por processos biológicos que ocorrem no nosso planeta. Sem a vida não haveria oxigênio livre. 

Conforme o oxigênio foi liberado ele reagiu com a amônia e criou o nitrogênio. Além disso, outras bactérias converteram amônia em nitrogênio. 

As formas de vida existentes da Terra foram modificando a composição da atmosfera durante os seus processos evolutivos. A medida que mais plantas foram surgindo o nível de oxigênio aumentou significativamente ao mesmo tempo em que o nível de dióxido de carbono diminuiu. A princípio o oxigênio combinou com vários elementos existentes, tais como o ferro, mas finalmente ele foi se acumulando na atmosfera. Isso ocasionou extinções em massas dos seres vivos e uma posterior evolução. Com o aparecimento de uma camada de ozônio (ozônio é um alótropo do oxigênio) as formas de vida já existentes ficaram melhor protegidas da radiação ultravioleta proveniente do Sol e que incidia sobre o nosso planeta. Essa atmosfera, formada basicamente por oxigênio e nitrogênio, é a chamada "terceira atmosfera" da Terra. A tectônica de placas e os processos biológicos que ocorrem na Terra mantém agora um fluxo contínuo de dióxido de carbono tirado da atmosfera para estes vários "sorvedouros" e que mais tarde retorna para ela de novo.