16 de mar. de 2012

Amásia, o futuro supercontinente

Pesquisa FAPESP
Edição Impressa 193 - Março de 2012


© MITCHELL ET AL, NATURE
Ilustração da Amásia: modelo prevê união das Américas e da Ásia no polo Norte

A disposição dos grandes blocos de terra sobre o globo será radicalmente distinta da atual se as previsões de um novo estudo da Universidade Yale se concretizarem daqui a cerca de 100 milhões de anos (Nature, 9 de fevereiro). A América do Sul vai cruzar a linha do equador e se fundir com a América do Norte, fechando o mar do Caribe e o oceano Ártico. Essa nova América unificada vai se juntar à Ásia perto do polo Norte e dar origem ao próximo supercontinente: a Amásia, um nome não muito sonoro em português. 
De acordo com o trabalho, a Austrália também vai migrar para o norte e encostar na Ásia. O modelo foi defendido pelo geofísico Ross Mitchell, da universidade americana, que acredita ter descoberto o mecanismo responsável pela formação dos supercontinentes. Segundo uma análise de dados sobre o magnetismo no passado remoto feita pelo pesquisador, um supercontinente se origina a intervalos de 300-500 milhões de anos num ponto da Terra que forma um ângulo de aproximadamente 90 graus com o centro do supercontinente que o antecedeu. Se vier a existir mesmo, a Amásia será o sucessor do supercontinente Pangea.



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