5 de ago. de 2015

Very Large Telescope descobre indícios de estrelas de primeira geração

Concepção artística de CR7


Astrônomos do Observatório Europeu do Sul descobriram a galáxia que pode conter o grupo de estrelas de primeira geração, ou seja, que teriam nascido do material primordial gerado com a explosão do Big Bang. CR7, como foi chamada (abreviação para COSMOS Redshift 7) é três vezes mais brilhante do que a galáxia mais brilhante conhecida até agora.
As estrelas da primeira geração teorizada por astrônomos, denominadas População III, seriam centenas, talvez milhares de vezes mais massivas do que o Sol e explodiriam após apenas dois milhões de anos sob a forma de supernovas.

Elementos como oxigênio, nitrogênio, carbono e ferro, se formariam no interior dessas estrelas e elas formariam os elementos pesados necessários à formação dos astros que nos rodeiam atualmente. Antes, eram apenas teóricas, tendo nascido dos únicos elementos existentes antes delas, como hidrogênio, hélio e traços mínimos de lítio.

Com o auxílio não somente do Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), mas também do Observatório W. M. Keck, do Telescópio Subaru e do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, uma equipe liderada por David Sobral, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, Universidade de Lisboa e do Observatório de Leiden, descobriu e confirmou o elevado número de galáxias brilhantes muito jovens.


CR7 é a galáxia mais brilhante já observada durante o período conhecido como reionização, ou seja, que ocorreu cerca de 800 milhões de anos após o Big Bang. É classificada como População III por astrônomos já terem nomeado estrelas da Via Láctea como População I (como o Sol, rico em elementos pesados e que formam o disco da galáxia) e População II (estrelas mais velhas, com baixo conteúdo de elementos pesados e encontradas no bojo e no halo da Via Láctea e em aglomerados globulares).

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