4 de mar. de 2015

Game brasileiro ensina física de partículas através de missões para colonizar Marte


Desde a Antiguidade os pensadores já refletiam sobre as estruturas elementares da matéria – o filósofo grego Demócrito, por exemplo, entrou para a história por sistematizar o conceito de átomo, termo que significa, literalmente, indivisível. Hoje sabemos que os átomos não são as chamadas partículas elementares (menores componentes da matéria), posto ocupado atualmente pelos quarks e outras partículas subatômicas como os neutrinos, elétrons, glúons e fótons. “Esse cenário é muito distinto daquele ensinado hoje em dia nas escolas secundárias”, diz o site do jogo SPRACE Game.

“A visão que os estudantes possuem da estrutura da matéria permanece estagnada no conceito atômico do início do século passado”, afirma o comunicado. Para reverter este quadro preocupante, pesquisadores da Unesp criaram um game dentro do projeto São Paulo Research and Analysis Center (Sprace) que se aproveita do apelo da exploração espacial para ensinar, de forma divertida, conceitos complexos da física de partículas.

Na segunda versão do Sprace Game, que foi lançada recentemente, o jogador pilota uma nave miniaturizada e precisa capturar partículas de substâncias específicas e levá-las até o laboratório. A cada nova fase, a estação científica “aprende” com os elementos capturados e se torna mais complexa, exigindo a coleta e análise de substâncias mais elaboradas.


As missões têm a intenção primordial de preparar Marte para ser colonizado pela humanidade. Ao passar pelas etapas, aprende-se naturalmente a trabalhar com a tabela periódica, consultando especificidades da composição de cada elemento. Nem sempre é requerida a captura de prótons ou nêutrons, por exemplo – às vezes é preciso ir mais ao fundo e coletar os quarks necessários para formá-los.

“O visual, os desafios propostos e especialmente o conteúdo por trás das missões fazem com que o jogador se divirta enquanto entra em contato com conceitos importantes da física das partículas subatômicas, grande objetivo da iniciativa”, explica o professor Sérgio Ferraz Novaes, líder do projeto. Os pesquisadores asseguram que o jogo é cientificamente fiel, de um jeito que não compromete a diversão.

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