O satélite, no alto do céu, parece ser algo que sempre esteve lá e sempre continuará igual, no mesmo lugar. No entanto, de acordo com cientistas, isso pode não acontecer. Na verdade, nossa relação com o satélite natural da Terra está mudando de maneira irreversível. Segundo os especialistas da University College, de Londres, esse fenômeno está acontecendo porque a velocidade de rotação de nosso planeta está diminuindo – essa, por sua vez, por causas naturais relacionadas à fricção entre as massas de água e terra. As velocidades de ambos os corpos são inversamente proporcionais, por isso, quando a Terra perde ritmo, a Lua acelera, o que faz com que o satélite se afaste cada vez mais do planeta.
A Lua se desvia, aproximadamente, 3,78 centímetros por ano da Terra e está 18 vezes mais distante do que no momento do seu surgimento, há 4,5 bilhões de anos. Além da sensação melancólica que causa a imagem de uma Lua se afastando, esse processo pode afetar de forma mais visível nosso planeta: os dias ficarão mais longos, os invernos serão mais frios e os verões mais quentes. E, pelo fato da força de atração gravitacional se tornar mais fracas, as marés não serão tão perceptíveis. Contudo, os cientistas afirmam que a Lua nunca vai desaparecer, mesmo quando a Terra estiver em uma velocidade mais lenta: em algum momento, o planeta e seu satélite vão chegar a um equilíbrio e este deixará de se distanciar. É claro que, antes disso, o Sol deverá se expandir até se tornar um gigante vermelho, devorando a Terra e a Lua. Mas, para isso, ainda faltam cinco bilhões de anos.
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