5 de out. de 2011

Nobel de Física destaca que prêmio é uma conquista da Astronomia

Porta Terra

O cientista americano Brian Schmidt, um dos agraciados com o Prêmio Nobel de Física deste ano, afirmou nesta quarta-feira em Canberra que este reconhecimento é uma conquista para o recente desenvolvimento da astronomia.

A Real Academia Sueca de Ciências premiou nessa terça-feira os cientistas americanos Saul Perlmutter, Adam Riess e Brian Schmidt, que de forma paralela chegaram em 1998 à conclusão que o universo se expande cada vez mais rápido.

"Achamos que o Nobel é uma conquista pessoal, mas na realidade é uma realização da astronomia e da ciência que veio se desenvolvendo nos últimos 100 anos", explicou Schmidt à imprensa na capital da Austrália, onde realiza parte de seu trabalho no observatório de Mount Stromlo. Schmidt, que reside na Austrália desde 1994, ressaltou que o prêmio serve para reconhecer o trabalho que realiza neste país no campo da astrofísica.

O novo Nobel, que leciona na Universidade Nacional Australiana, espera que a láurea permita "o avanço da ciência na Austrália e inspire os jovens cientistas", e antecipou que, após consultar os outros agraciados, pensa destinar o dinheiro a "alguma classe de obra social".

O acadêmico explicou à imprensa que no início achou que era uma piada a ligação de uma mulher com sotaque sueco que o parabenizava por ser um dos ganhadores do prêmio na categoria de Física.

Diversos cientistas partiram da teoria da relatividade de Einstein para demonstrar através das observações realizadas na década de 1920 que o universo estava em expansão.

Até o fim do século XX, os cientistas acreditavam que a gravidade desacelerava o crescimento do Universo, mas "achamos o contrário, que o Universo se expande com rapidez", explicou Schmidt. "Ao descobrir um Universo que se expande com rapidez, nossa equipe na realidade descobriu que 75% do Universo são esta coisa mágica chamada energia negra", acrescentou o cientista.

Nesta quarta-feira, a primeira-ministra australiana, Julia Guillard, disse que o prêmio deixa todos os australianos orgulhosos da "qualidade mundial" de seus pesquisadores.
 
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