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Edição Online - 27/05/2010Artigos de astrofísicos discutem pontos favoráveis e contrários à entrada do Brasil como sócio pleno do ESO, o consórcio europeu de telescópios situados no Chile.
© ESO
ESO: consórcio europeu administra
telescópios de ponta no Chile.
Um debate sobre os rumos que a astronomia brasileira deve seguir está em curso. De um lado, há pesquisadores a favor da ideia de que, para estimular ainda mais o crescimento desse ramo da ciência nacional nos próximos anos, o Brasil deve se tornar sócio pleno do ESO (European Southern Observatory), o consórcio europeu de telescópios situados no Chile. A entrada no ESO é cara, mas, dizem os defensores dessa visão, seria a forma de garantir aos astrofíscios brasileiros acesso a instrumentos de observação de última geração, como o gigantesco E-ELT (European Extremely Large Telescope), que em 2018, quando deverá estar pronto, será o maior telescópio terrestre. Do outro lado, há cientistas que avaliam não ser essa a melhor opção para assegurar o futuro da astronomia brasileira. Dizem que o custo de virar membro do ESO é excessivamente elevado e pode levar à descontinuação de projetos hoje em curso. Também argumentam que os ganhos científicos e tecnológicos de entrar no ESO são incertos e que essa a questão está sendo discutida sem uma análise técnica.
Para estimular a troca de ideias, o site de Pesquisa FAPESP publica dois artigos assinados por astrofísicos da Universidade de São Paulo (USP) com pontos de vista distintos sobre a questão. Beatriz Barbuy defende a entrada do Brasil no ESO e Augusto Damineli diz que essa não é forçosamente a melhor alternativa. Nenhum dos artigos reflete necessariamente a opinião da FAPESP, mas sim a de seus autores.
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