Redação do Site Inovação Tecnológica
09/06/2010
Começou a funcionar no Chile um novo telescópio robótico que ficará varrendo os céus constantemente em busca de exoplanetas e cometas. O TRAPPIST (TRAnsiting Planets and PlanetesImals Small Telescope) pertence ao Observatório Europeu do Sul (ESO) e está instalado em La Silla, no Chile. A sigla complicada, e um tanto forçada, para dar ao telescópio o nome de TRAPPIST, pretende enfatizar a origem belga do projeto. As cervejas trapistas são famosas em todo o mundo e a maioria delas são belgas.
O TRAPPIST é um telescópio robótico muito leve, com apenas 60 centímetros, completamente automático e que faz seguimentos muito precisos no céu em alta velocidade. Instalado no Chile, ele é operado a partir da Bélgica, a cerca de 12.000 km de distância.[Imagem: E. Jehin/ESO].
Astrobiologia
O telescópio TRAPPIST vai se dedicar ao estudo de sistemas planetários de dois modos diferentes: detecção e caracterização de planetas situados fora do Sistema Solar (exoplanetas) e estudo de cometas que orbitam o Sol.
O telescópio de 60 cm é operado a partir de uma sala de controle em Liège, na Bélgica, ou seja, a cerca de 12.000 km de distância.
"Os dois ramos do projeto TRAPPIST são partes importantes de uma área de investigação interdisciplinar emergente - a astrobiologia - cujo objetivo é o estudo da origem e distribuição de vida no Universo," explica Michaël Gillon, responsável pelos estudos exoplanetários.
"Os planetas terrestres semelhantes à nossa Terra são alvos óbvios para a busca de vida fora do Sistema Solar, enquanto o estudo dos cometas se torna importante uma vez que se acredita que estes objetos desempenharam um papel importante no aparecimento e no desenvolvimento de vida no nosso planeta," diz colega Emmanuël Jehin, líder da parte cometária do projeto.
Exoplanetas
O TRAPPIST detectará e caracterizará exoplanetas por meio de medições de alta precisão de "diminuições de brilho", as quais podem ser causadas por "trânsitos" dos exoplanetas - a passagem do planeta em frente à sua estrela, do ponto de vista da Terra.
Durante um trânsito, a brilho estelar observado diminui ligeiramente, uma vez que o planeta bloqueia parte da radiação emitida pela estrela. Quanto maior for o planeta, mais radiação será bloqueada e consequentemente o brilho da estrela diminuirá de maior quantidade.
"O Observatório de La Silla, situado nos limites do Deserto de Atacama, é claramente um dos melhores locais de observação a nível mundial," diz Gillon. "E uma vez que alberga já dois instrumentos excelentes na detecção de exoplanetas, não poderíamos ter encontrado melhor sítio para instalar o nosso telescópio robótico."
Cometas austrais
O TRAPPIST será também utilizado para o estudo de cometas austrais. Para isso ele foi equipado com filtros cometários de alta qualidade, especialmente grandes, que permitem o estudo regular e detalhado da ejecção de vários tipos de moléculas por parte dos cometas na sua viagem em torno do Sol.
"Com dezenas de cometas observados todos os anos, poderemos obter um conjunto de dados único, que nos fornecerão informação importante sobre a natureza destes objetos," diz Jehin.
Telescópio robótico
O TRAPPIST é um telescópio robótico muito leve, com apenas 60 centímetros, completamente automático e que faz seguimentos muito precisos no céu em alta velocidade.
O programa de observação é preparado com antecedência e o telescópio pode então operar uma noite inteira sem intervenção humana. Uma estação meteorológica monitora constantemente o tempo e decide sobre a necessidade ou não de fechar a cúpula, em caso de mau tempo.
Colaboração astronômica
Os astrônomos que participam no projeto trabalharão em estreita colaboração com as equipes que utilizam o instrumento HARPS, montado no telescópio de 3,6 metros, e o instrumento CORALIE, montado no telescópio suíço Leonhard Euler, de 1,2 metros, ambos também instalados em La Silla.
O TRAPPIST é uma colaboração entre a Universidade de Liège e o Observatório de Genebra, na Suíça. O telescópio encontra-se instalado no edifício que abrigava anteriormente o telescópio suíço T70. Graças a esta colaboração, todo o projeto foi desenvolvido muito rapidamente: foram apenas dois anos entre a decisão de construção e a primeira luz captada pelo telescópio robótico.
Eu Francisco Ferreira pires sou presidente do clube de Astronomia de Baturité e quero mais uma vez parabenizar o observatório Nacional pelo conhecimento que é levado as pessoas pois é no cohecimento na exploração Cientifica e Analítica que se fundamenta a educação e acultura de um povo pois universo nos fascina
ResponderExcluirpiresarquiteto@hotmail.com
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