29 de set. de 2015

Galáxia anã pode ajudar a compreender os períodos iniciais da formação estelar

Crédito: ESO
 
A Galáxia Anã do Escultor, também conhecida como Galáxia Anã Elíptica ou Galáxia Anã Esferoidal do Escultor, é uma das quatorze galáxias satélite orbitando a Via Láctea e foi uma das primeiras a serem encontradas na órbita da nossa galáxia. Como seu nome indica, encontra-se na constelação austral do Escultor, a cerca de 280.000 anos-luz da Terra, e mesmo com sua proximidade, só foi descoberta em 1937, devido a suas estrelas de brilho tênue e muito espalhadas pelo céu.

Essa galáxia é muito menor e mais velha do que a Via Láctea, valiosa para estudos voltados as formações galáctica e estelar no Universo Primordial. Ao ser descoberta, seu tamanho chamou a atenção dos astrônomos, uma vez que se pensa na formação da Via Láctea, que se formou partir da união de outras galáxias pequenas.

Astrônomos determinam a idade das estrelas na galáxia a partir da radiação emitida e da quantidade de elementos pesados transportados por ela. Esses elementos se acumulam nas galáxias com o passar de sucessivas gerações de estrelas e o baixo nível indica que a idade média de dada galáxia é elevada.

As estrelas velhas da Galáxia Anã do Escultor são alvo de estudo sobre os períodos iniciais da formação estelar. Em um estudo recente, astrônomos criaram a história de formação estelar mais precisa até hoje para uma galáxia anã esferoidal e revelou dois grupos distintos de estrelas na galáxia - o primeiro correspondendo à população velha, que predomina em relação ao segundo, de estrelas jovens e ricas em elementos pesados.

Por estarem muito separadas umas das outras, as estrelas no centro das galáxias anãs não interagem durante bilhões de anos e cada grupo estelar segue seu próprio percurso de evolução. Estudos sobre as semelhanças e divergências das histórias das galáxias anãs contribuem para o entendimento da evolução de todas as outras galáxias.

28 de set. de 2015

Astrônomos observam aglomerado de galáxias com coração vibrante



Astrônomos descobriram um aglomerado de galáxias cujo centro está repleto de novas estrelas. A descoberta inesperada aponta que galáxias no centro desses aglomerados massivos podem crescer significantemente ao se "alimentar" de gases roubados de outra galáxia.

"Normalmente, as estrelas nos centros dos aglomerados de galáxias são velhas e mortas, basicamente fósseis," disse Tracy Webb da Universidade McGill, em Montreal, Canadá, autora principal de uma nova publicação aceita no Astrophysical Journal. “Mas nós concluímos que a galáxia gigante no centro desse aglomerado está criando novas estrelas em grande escala depois de se mesclar com uma galáxia menor."

Aglomerados de galáxias são famílias de grandes galáxias unidas e agrupadas pela força gravitacional. A própria Via Láctea está em um pequeno grupo de galáxias, chamado Grupo Local, também localizado no superaglomerado de Laniakea ("paraíso imensurável", em havaiano), que abrange 100.000 galáxias.

O aglomerado, definido pelos astrônomos como SpARCS1049+56, tem pelo menos 27 galáxias, massa combinada de aproximadamente de 400 trilhões de sóis e está localizado a 9.8 bilhões de anos-luz da constelação Ursa Maior. Este aglomerado foi descoberto utilizando o Telescópio Espacial Spitzer e o telescópio Canadá-França-Havaí, em Mauna Kea, no Havaí, confirmado por observações realizadas no Observatório W.M Keck, também no Mauna Kea (Monte Branco).
O que faz desse aglomerado algo único é seu centro cheio de estrelas jovens. No centro da maioria dos aglomerados de galáxias há uma galáxia que normalmente não produz estrelas com rapidez. A galáxia predominante no aglomerado SpARCS1049+56 está possibilitando o nascimento a um grande número de estrelas - aproximadamente 860 por ano, contra apenas uma ou duas criadas pela nossa Via Láctea.

26 de set. de 2015

Eclipse total da superlua será visível em todo Brasil


Créditos: NASA
 
No dia 27 de setembro teremos a sorte de observar a combinação de um eclipse total da superlua, que deverá durar por mais de uma hora. Apesar de presente no céu noturno vez ou outra, a superlua não é um mistério difícil de ser desvendado.

O fenômeno é conhecido como a Lua Nova ou Lua Cheia com máxima aproximação da Terra, ou seja, durante o perigeu - em oposição ao apogeu, quando a Lua alcança o ponto mais distante do nosso planeta. A órbita lunar não descreve um círculo perfeito e por isso nosso satélite natural por vezes está mais perto da Terra do que em outros dias.

 Eclipses lunares ocorrem em média duas vezes ao ano, enquanto o último eclipse total da superlua aconteceu em 1982 e só voltará a ser visto em 2033. Algumas civilizações antigas, como a dos Incas, consideravam os eclipses como eventos aleatórios e assustadores, mas cientistas hoje em dia provam que são acontecimentos bastante previsíveis, já tendo calendários de eclipses para daqui a mil anos.
 

O Observatório Nacional, instituto de pesquisa que integra o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, tem um software de previsão de Eclipses que está disponível no endereço: http://daed.on.br/astro/  . Confira!

24 de set. de 2015

Astrônomos mapeiam a velocidade com a qual o universo morre






A partir de estudos feitos com mais de 200 mil galáxias e a medição de energia gerada em uma grande região do espaço, astrônomos confirmam que a energia produzida nessa mesma região é aproximadamente a metade gerada a bilhões de anos atrás.



Simon Driver lidera a equipe GAMA e afirma que o universo está fadado a se deteriorar à medida que o tempo vai passando e o aproxima cada vez mais próximo da velhice.



Sabe-se desde 1990 que o universo está em declínio, mas apenas o projeto Galaxy and Mass Assembly (GAMA) identificou que esse processo ocorre em todos os comprimentos de onda do espectro da luz, do ultravioleta ao infravermelho, indicando que o universo está morrendo aos poucos.



O estudo foi realizado utilizando os telescópios do ESO, VISTA e o VST, instalados no Chile, outros dois, GALEX e WISE operados pela NASA e Herschel, operado pela Agência Espacial Europeia para realizar observações de suporte, confirmando assim esta afirmativa.



Com o auxílio do maior rádio telescópio do mundo a ser construído na próxima década na Austrália e África do Sul, a equipe GAMA pretende dar continuidade às observações ao mapear a produção de energia ao longo de toda a história do Universo.



A pesquisa foi apresentada em 10 de agosto na XXIX Assembleia Geral da União Astronômica Internacional em Honolulu, Havaí.