30 de jul. de 2014

Cientistas captam ondas de rádio vindas de fora do Planeta Terra


Astrônomos conseguiram confirmar a procedência cósmica dos sinais de rádio detectados pelo radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico. Os misteriosos impulsos se repetem milhares de vezes durante o dia, com a duração de uma fração de segundo. Essa é a primeira observação leva de ondas detectada por um instrumento que não seja o radiotelescópio Parkes, na Austrália, segundo os pesquisadores. Até o momento, a falta de resultados similares por parte de outros centros de observação no mundo permitia acreditar que os sinais captados correspondiam a fontes terrestres, ou, pelo menos, próximas à Terra.

"Nosso resultado é importante porque elimina qualquer dúvida de que essas ondas de rádio não sejam realmente de origem cósmica", garantiu Victoria Kaspi, professora de astrofísica da Universidade de McGill, Canadá. "As ondas de rádio mostram que todos os sinais têm origem muito além da nossa galáxia, o que é uma perspectiva muito emocionante", concluiu.

O grande desafio dos pesquisadores agora é determinar a origem exata das emissões. Entre a vasta gama de possibilidades, especula-se que as ondas poderiam ser originadas da evaporação de buracos negros, da fusão de estrelas de nêutrons ou de explosões de magnetars, estrelas de nêutrons com campos magnéticos extremamente fortes. Como as explosões duram apenas uma fração de segundo, detectá-las é difícil, mesmo acontecendo cerca de 10 mil vezes por dia.

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28 de jul. de 2014

Astronomia brasileira perde Ronaldo Rogério de Freitas Mourão

Na noite da última sexta-feira (25), o Brasil perdeu um dos mais importantes nomes da astronomia do país. Conheça a trajetória desse ícone.


O astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão faleceu nesta última sexta-feira (25), aos 79 anos, vítima de pneumonia dupla. Ele estava internado no Hospital Quinta D’or. O astrônomo que também sofria do Mal de Parkinson, teve complicações em seu quadro clínico por ter sofrido a cerca de duas semanas um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Memórias do astrônomo



Ronaldo Mourão era um astrônomo renomado, conhecido mundialmente. Conhecido por seu trabalho de divulgação, Mourão foi fundador do Museu de Astronomia e Ciências e afins (Mast) e, também, pesquisador e membro titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IGHB). Antes mesmo da corrida espacial entre EUA e a antiga União Soviética, seus primeiros artigos foram divulgados na revista Ciência Popular, em 1952. E, após isso, publicou cerca de 100 livros sobre o tema.


Foi admitido, em 1956, na Universidade do Estado da Guanabara, atual Uerj, onde obteve os títulos de Bacharel e Licenciado em Física pela Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras. Ainda no ano de 1956 foi nomeado pesquisador no Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e astrônomo do Observatório Nacional.



Em 1967 obteve o título de doutor pela Universidade de Paris, na França, com menção “Très Honorables”. Seus principais estudos foram centralizados nas estrelas duplas, asteroides, cometas e em corpos distantes do Sistema Solar. Também desenvolveu técnicas de astrometria fotográfica. No ano de 1997, recebeu do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo o colar do centenário e o respectivo diploma, como destaque cultural do ano de 1996.



Passou a ocupar a cadeira 41 da Academia de Filosofia, em 1999. No mesmo ano, ocupou a cadeira 38 da Academia Luso-Brasileira de Letras.


Ao lançar, em 2001, sua obra “O livro de ouro do universo”, o astrônomo revelou-se um cético em relação às previsões dos astros.



“É claro que os astros não mentem jamais. Eles não dizem nada mesmo” 



- Ronaldo Rogério de Freitas Mourão




Brasil garante participação na construção de um dos maiores telescópios do mundo

Pagamento dará a pesquisadores brasileiros o direito de usar 4% do tempo do telescópio.



O Brasil pagará US$ 40 milhões para garantir sua participação no Telescópio Gigante Magalhães (GMT, na sigla em inglês), um dos maiores telescópios do mundo que será construído no Chile por um consórcio internacional.

A participação, correspondente a cerca de 4% do valor do projeto, garante aos pesquisadores brasileiros 4% do tempo de operação do GMT, assim como uma importante posição no conselho do consórcio que operará o aparelho, informou a estatal Fundação de Apoio à pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp).

Os astrônomos brasileiros terão acesso a um telescópio que ampliará cerca de 30 vezes o volume de informações disponíveis atualmente com os telescópios em operação.

O aparelho começará a ser montado em 2015 nos Sinos, um observatório nos Andes chilenos a 2.500 metros de altitude e próximo à Serena (norte do Chile), e entrará em operação plenamente em 2021.

O GMT, com 25,4 metros de diâmetro e uma área de coleta de luz 4,54 vezes maior à de qualquer outro telescópio atual, contará com sete dos maiores espelhos ópticos projetados até hoje. Também terá lasers para corrigir distorções das imagens produzidas pela atmosfera da Terra.

Com isso, será possível investigar melhor a formação de estrelas e galáxias após o Big Bang, medir a massa de buracos negros; descobrir novos planetas em torno de outras estrelas semelhantes à Terra e estudar a natureza da matéria e da energia escura.

A participação brasileira no projeto poderá ser maior, caso prosperem as negociações que a Fapesp mantém atualmente com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, afirmou o coordenador dos Centros de Pesquisa da Fapesp, Hernan Chaimovich, citado em comunicado.

"Há um grande interesse das duas partes para que pesquisadores de todos os estados do Brasil (não só de São Paulo) possam aproveitar o telescópio e se beneficiem das possibilidades abertas", afirmou Chaimovich.

A participação dá direito a empresas brasileiras de participar das licitações para os contratos de desenvolvimento e construção do telescópio.

"O Brasil tem grandes empresas capazes de atuar em diversos setores do processo, da produção de peças mecânicas até a construção civil", segundo o representante da Fapesp.

O astrofísico João Evangelista Steiner, pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), assegura que a participação no projeto garante aos astrônomos brasileiros "estar na vanguarda por muitas décadas, com grandes oportunidades de descobrimentos cientistas".

De acordo com o especialista, o Brasil poderá aproveitar no GMT os conhecimentos acumulados em outros dois projetos nos quais a Fapesp também tem participação: o Gemini, os telescópios gêmeos situados no Chile e no Havaí, operados por um consórcio internacional desde 2004, e o Soar (Southern Observatory for Astrophysical Research), que funciona igualmente nos Andes chilenos desde 2005.

Entre outros membros do GMT figuram as universidades do Arizona, Harvard, Chicago e Texas, a Astronomy Austrália Limited, a Australian National University, o Carnegie Institution for Science, o Korea Astronomy and Space Science Institute e o Smithsonian Institution.

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26 de jul. de 2014

Terra se salvou por pouco de forte tempestade solar em 2012, diz estudo

Tempestade poderia “devolver a civilização moderna ao século 18”. Fenômeno passou perto da órbita terrestre em 23 de julho de 2012.

Um longo arco de plasma é liberado do Sol durante tempestade magnética registrada entre 10 e 16 de julho deste ano. (Foto: Solar Dynamics Observation/Nasa)

Em 2012 uma erupção solar provocou uma poderosa tempestade que passou perto da Terra, grande o suficiente para "devolver a civilização moderna ao século 18", informou a Nasa. O fenômeno, que passou perto da órbita terrestre em 23 de julho de 2012, foi a tempestade mais violenta dos últimos 150 anos, segundo comunicado publicado no site da agência espacial americana na quarta-feira. Na Terra, ninguém se deu conta disso, ainda bem!

"Se a erupção tivesse acontecido uma semana antes, a Terra teria ficado na sua trajetória", disse Daniel Baker, professor de Física Atmosférica e Espacial da Universidade do Colorado.


Ao invés disso, a tempestade impactou a nave espacial STEREO-A spacecraft, um observatório solar equipado “para medir parâmetros de eventos deste tipo”, acrescentou a agência. Segundo dados analisados por cientistas, a tempestade teria sido comparável à última conhecida com o nome de Carrington e que aconteceu em 1859. Também teria sido duas vezes mais forte que a tempestade solar que deixou sem energia a província de Quebec, no Canadá, em 1989.

"Com os últimos estudos, me convenci ainda mais de que os habitantes da Terra são incrivelmente sortudos por essa erupção de 2012 ter ocorrido como foi", disse Baker.

A Academia Nacional de Ciências avaliou que uma tempestade solar como a de 1859 poderia custar hoje US$ 3 bilhões e poderia levar anos de reparos. Os especialistas afirmam que as tempestades solares provocam apagões, o que bloqueia qualquer aparelho, de um rádio a um GPS, passando pelo fornecimento de água que depende de bombas elétricas.

As tempestades costumam ser repelidas pelo escudo magnético da Terra, mas um impacto direto poderia ser devastador. Há 12% de probabilidades de que uma grande tempestade solar como a de Carrington atinja a Terra nos próximos dez anos, segundo o físico Pete Riley, que publicou recentemente um artigo na revista Space Weather sobre esse tema.

Sua pesquisa se baseou em uma análise de registros de tempestades solares nos últimos 50 anos.

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25 de jul. de 2014

Primeiros humanos a pisar em Marte já caminham pela Terra”, diz NASA

Entenda como a Agência Espacial Americana pretende levar a humanidade ao planeta vermelho em 2030


Entenda como a Agência Espacial Americana pretende levar a humanidade ao planeta vermelho em 2030 exploração humana do espaço, visto como a nossa melhor chance de pisar pela primeira vez num outro planeta.

Por ser nosso vizinho e, principalmente, por ser relativamente parecido com a Terra, a NASA está chamando o planeta vermelho de “o próximo salto gigantesco”. Neste comunicado, a agência declarou que “os primeiros humanos que vão pisar em Marte já estão caminhando pela Terra hoje”, reforçando o compromisso de realizar a tão sonhada missão em um futuro breve.

O fato é que ainda não temos a tecnologia necessária para enviar uma nave tripulada em uma jornada interplanetária e trazê-la de volta para casa em segurança. Com o intento de consolidar todas as técnicas requeridas para levar a cabo uma viagem tão complexa, a NASA desenvolveu uma espécie de cronograma com missões preliminares, todas vinculadas ao objetivo maior que é chegar a Marte.

Confira abaixo os passos graduais da NASA que permitirão que, em 2030, a humanidade dê seus primeiros passos em outro planeta.

1 - Pesquisas na Terra e da Estação Espacial Internacional (ISS)

Há de se convir que o espaço é um ambiente absolutamente desfavorável ao corpo humano. Para superar essas barreiras, diversas pesquisas são realizadas nos laboratórios da NASA nos EUA, mas as mais valiosas vêm de fora deste mundo, da Estação Espacial Internacional (ISS). Lá, tripulações de astronautas desenvolvem inúmeros experimentos para descobrir as melhores formas de garantir a sobrevivência no espaço e preservar a saúde dos astronautas, bem como mapear as mudanças que uma longa estadia fora da Terra provoca no corpo humano. Outras tecnologias, como as de comunicação, também são estudadas.

2 - Finalizar a nave Orion e o foguete SLS (até 2018)

Pela primeira vez depois da era dos ônibus espaciais, a NASA construiu uma nave totalmente adaptada para as novas missões que prometem nos levar mais longe do que nunca. Com avanços na propulsão, comunicações, suporte à vida, design e navegação, a Orion suporta até quatro tripulantes, e está sendo considerada a nave mais avançada já construída – é ela que nos levará pela primeira vez a Marte e outros corpos no espaço profundo. O foguete Space Launch System (SLS) é o avançadíssimo veículo em desenvolvimento que poderá transportar tanto cargas quanto astronautas e, junto da nave Orion, permitirá esta nova era de exploração espacial. É o primeiro desde o Saturn V, que levou a Apollo 11 até a lua.

 3 - Circunavegação tripulada da lua (2018)

Já, por meio do sistema SLS-Orion, uma tripulação deve realizar um voo ao redor da lua e retornar à Terra, percorrendo o chamado espaço cis- lunar. A viagem permitirá desenvolver tecnologias que deem mais autonomia aos astronautas e os tornem menos dependentes do apoio terrestre – fundamentais para uma longa jornada como a de Marte. Outros elementos serão estudados, como a forte radiação solar e cósmica, bem como a proteção contra o possível impacto de meteoritos.

4 - Capturar um asteroide e colocá-lo em órbita da lua (2019)

Esta é a primeira grande missão no cronograma da NASA com olhos no planeta vermelho, um megaprojeto de engenharia. Basicamente, a agência pretende enviar uma nave espacial robótica a um asteroide próximo da Terra e deslocá-lo em direção à lua, estabilizando-o em sua órbita. Chamada de Asteroid Redirect Mission (ARM), o projeto permitirá um maior domínio em manobras e no manejo de grandes cargas no espaço, necessário para chegar a Marte. Um outro fator importante é que as condições do espaço cis-lunar são semelhantes ao sistema de Marte e suas luas, podendo render informações valiosas.


5 - Missão tripulada ao asteroide (2025)

Trata-se do último (e importantíssimo) passo antes do destino final: fazer com que um astronauta pise, pela primeira vez, em um asteroide, e traga de volta amostras de sua superfície, fornecendo um material riquíssimo para o estudo dos primórdios do Sistema Solar. Não qualquer asteroide – aquele mesmo que será realocado ao redor da lua. As principais habilidades adquiridas aqui serão um domínio ainda maior nas manobras, bem como aprimoramento em técnicas de pouso e acoplagem, além do trato com as amostras. Trajes espaciais também terão de ser melhorados.

6 - Missão tripulada a Marte (2030)

Daqui a cerca de vinte anos, se tudo correr conforme planejado, presenciaremos o que será talvez o maior evento na história da humanidade: o dia em que pisaremos em outro planeta que não a Terra. O ato abre caminho para diversos rumos futuros, desde o estabelecimento de uma colônia humana no planeta vermelho (tornando-nos uma espécie interplanetária), até sua terra-formação. 

A viagem de ida e volta pode durar mais de 500 dias, o que exigirá dos astronautas a bordo da nave Orion uma enorme autonomia. O conhecimento preliminar enviado pelas sondas humanas na superfície, bem como tudo o que será aprendido com as missões anteriores, deve permitir que estes futuros astronautas, que já caminham pela Terra hoje, caminhem também por Marte, e retornem para casa em segurança – assim como Neil Armstrong e Buzz Aldrin voltaram da lua.

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24 de jul. de 2014

Tô sentindo uma "cosquinha" dentro do meu traje espacial!

Imagine um filme de ficção científica onde astronautas, durante uma viagem espacial, contraem uma doença simples provocada por algum micróbio. De repente, aquela doença tão comum na Terra e de tão fácil cura se torna algo extremamente poderoso, capaz até mesmo de matar toda a tripulação da espaçonave. O que fazer? Isolados no espaço, em um ambiente confinado, sem ter ao seu lado os modernos recursos médicos que encontramos na Terra e sem poder retornar imediatamente ao nosso planeta, a única ajuda dada aos astronautas vem de milhões de quilômetros de distância, pelos meios de comunicação. A tripulação da nave espacial é dizimada e o projeto que custou anos de elaboração, e uma pequena fortuna, é completamente perdido. Exagero? Não! Histórias como essa estão sendo levadas em conta pelos pesquisadores da NASA ao analisarem projetos de missões que pretendem levar astronautas em longínquas viagens ao espaço. Mas, porque esta preocupação? Não estaria havendo um excesso de cuidados por parte da NASA? Infelizmente não. Todo esse temor é plenamente justificado e, surpreendentemente, um dos principais geradores de preocupações é a atuação de uma velha conhecida nossa, a força gravitacional da Terra, ou melhor, o seu contínuo enfraquecimento à medida que nos afastamos no espaço.

As dificuldades de viver no espaço... Com micróbios!


Vários centros científicos de biologia, associados a projetos da NASA, começaram a investigar quais os efeitos que um ambiente de "microgravidade" teria sobre os seres vivos. Viver no espaço só é fácil em filmes de ficção científica, nosso corpo reage de modo muito intenso a mudanças no valor da força gravitacional que age sobre nós e muitos problemas de saúde são provocados por longas estadias no espaço. O que os pesquisadores não esperavam descobrir é que fatores agravantes à saúde dos seres humanos, de difícil controle e capazes de criar sérios problemas durante um vôo de longa duração, pudessem ser intensificados em microorganismos em ambientes de baixa gravidade. Para surpresa dos biólogos, verificou-se que alguns micróbios se tornam muito mais virulentos quando submetidos a um ambiente de microgravidade. E isso é muito preocupante quando um dos micróbios que aumenta a sua agressividade em relação ao ser humano é a terrível salmonela.


Um intruso no espaço 

Certamente, para aqueles que estão no espaço nada pior do que ficar doente. Isto é agravado pelo fato de que o nosso sistema imunológico funciona muito pior quando estamos em um ambiente de micro gravidade. Isto faz com que as infecções sejam mais prováveis e bem mais poderosas. Se adicionarmos a isso o fato de que certos micróbios se tornam mais poderosos no espaço, concluímos que o quadro pode ficar realmente assustador. Não há companhia mais indesejável do que um micróbio, ainda mais poderoso, em um ambiente isolado onde o seu corpo está mais susceptível a doenças.

O que fazer para expulsar essa companhia indesejada? 


Os biólogos têm se debruçado sobre este problema, procurando entender por que razão um micróbio muda o seu comportamento quando é colocado em um ambiente de micro gravidade. Os cientistas não têm certeza do que ocorre mas suspeitam que as células sentem deformações em sua estrutura externa, provocadas pela mudança da força gravitacional, e respondem a esse estímulo. Em geral as células que formam culturas nos laboratórios aqui na Terra estão submetidas à força gravitacional de 1g. Em razão disso, elas se depositam no fundo dos recipientes e ficam com uma forma achatada. No entanto, quando essas células estão "flutuando" em um ambiente de micro gravidade (µg) elas tendem a permanecer mais arredondadas.




A explicação dada acima não é considerada suficiente pelos cientistas e, para eles, a resposta definitiva ao problema de comportamento celular em micro gravidade pode surgir com o auxílio da genética.

No entanto, os biólogos sabem que existe uma boa chance de aprendermos melhor de que modo um determinado micróbio é capaz de provocar doenças se conseguirmos mostrar que a sua virulência está, de alguma forma, associada ao meio ambiente onde ele vive. O estudo de mudanças no seu comportamento poderia indicar aos cientistas novos caminhos no combate a estes micróbios, com a descoberta de novas drogas e vacinas.

Uma das melhores maneiras de estudar as possíveis mudanças no comportamento de micróbios em ambientes de micro gravidade é realizando experiências no espaço, seja durante missões espaciais dos Space Shuttle ou nos laboratórios da International Space Station. E isso já está sendo feito.


As primeiras experiências: cerveja no espaço, mas não é para beber não!

É claro que você já reconheceu essa coisa feia mostrada ai ao lado. Ela é a Saccharomyces cerevisiae e, ao contrário do que Vinícius de Moraes afirmou ("que me desculpem as feias mas beleza é essencial"), este fungo, embora feio, é adorado por milhões de pessoas em todo o mundo que o consideram parte essencial de suas vidas. A saccharomyces cerevisiae é o fungo comumente conhecido como levedura de cerveja ou de padeiro. Ele é o responsável por fazer a massa do pão crescer e também provoca a fermentação dos grãos e das uvas. A importância deste fungo vai além de pães, cervejas e vinhos pois a saccharomyces cerevisiae, após ser tratada pela engenharia genética, permitiu a obtenção de novos remédios tais como a vacina da hepatite B.

A levedura da cerveja não é patogênica (se fosse grande parte da população mundial já teria morrido, feliz é claro!) mas ela foi escolhida pelos cientistas para uma série de testes em ambientes de micro gravidade. Esta escolha é justificada pelo fato de que as células da levedura podem ser facilmente manuseadas.

Este estudo é fundamental para que os biólogos possam entender as bases genéticas das infecções. Mais uma vez a pesquisa espacial irá produzir resultados que auxiliarão a toda a humanidade. Os micróbios que se cuidem!

23 de jul. de 2014

Você sabia?

As nebulosas planetárias, a despeito do nome, não têm absolutamente qualquer conexão com planetas. Uma nebulosa planetária é formada quando uma estrela com até 3 massas solares, em um determinado momento de sua evolução após ter se transformado em uma estrela gigante, expulsa violentamente todo o gás que está envolvendo a sua região central. Após esse fenômeno, a região central da estrela fica exposta, mostrando a existência de uma estrela densa. O gás que foi expulso vai aos poucos sendo incorporado ao meio interestelar e a estrela residual evolui para se tornar uma estrela anã branca.


21 de jul. de 2014

Homem pisava na lua pela primeira vez há 45 anos - relembre a missão

Veja fotos, vídeos e áudios que recontam a história da Apollo 11


Há 45 anos, de 16 a 24 de julho de 1969, a missão Apollo 11 entrava para a história por ser a primeira a conseguir fazer com que astronautas caminhassem pela lua e retornassem à superfície terrestre em segurança. Mas o projeto de enviar homens ao nosso satélite natural começará 8 anos antes, com um discurso do presidente John F. Kennedy ao Congresso dos EUA, estipulando que a meta fosse cumprida até o final da década.


Depois de muitas tentativas sem sucesso, 8 anos depois, a NASA conseguiria cumprir o objetivo no prazo determinado. Os astronautas Neil Armstrong, comandante da missão, Buzz Aldrin e Michael Collins fizeram treinamentos intensivos para conseguir chegar onde nenhum homem havia ido antes.


A bordo do Saturn V, os astronautas decolaram do Kennedy Space Center, Cabo Canaveral, na manhã de 16 de julho de 1969. Cerca de 12 minutos após o lançamento o foguete já havia entrado na órbita da Terra. Depois de dar uma volta e meia ao redor do planeta, a nave seguiu em direção à lua.

Três dias depois, o foguete entrou na órbita lunar. No dia seguinte, o fatídico 20 de julho, Neil Armstrong e Buzz Aldrin embarcaram no módulo lunar Eagle (Águia) que os levariam até a superfície lunar. Michael Collins continuou pilotando o módulo de comando, chamado Columbia. O pouso foi feito em situações críticas, com alarmes soando e apenas 30 segundos de combustível disponível. Após tudo correr bem, na tarde daquele dia, para o alívio de todos, Armstrong falou à base de Houston, emblematicamente: "a Águia pousou". Confira o áudio.

Abaixo uma imagem que o homem jamais tinha visto: o "nascer da Terra" na perspectiva de um outro corpo celeste. A foto foi tirada de dentro do módulo lunar pouco depois da alunagem no chamado "Mare Tranquillitatis" ou Mar da Tranquilidade.


Cerca de seis horas após o pouso, o comandante Neil Armstrong estava preparado para se tornar o primeiro homem a pisar na lua. Pela TV, mais de 500 milhões de pessoas do mundo todo assistiam, atônitas, a façanha. Foi neste momento que ele disse a famosa frase: "é um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a humanidade" (confira o áudio original) Depois de já ter caminhado pela superfície lunar, Armstrong fotografou Buzz Aldrin descendo as escadas da Eagle.


Aldrin, sabendo de todo o simbolismo contido no gesto de deixar uma pegada ali naquele solo, tirou a foto abaixo para documentar o momento. Ele também forneceu uma incrível descrição do que observava ao seu redor: classificou a superfície da lua como sendo uma "desolação magnífica".


Neil Armstrong finca a bandeira dos Estados Unidos no solo lunar, e então tira uma foto de Aldrin próximo a ela, em reverência.

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Os dois astronautas conduziram uma série de experimentos, entre eles um para detectar atividades sísmicas. Deixaram também uma espécie de espelho refletor - até hoje, quem quiser pode fazer um experimento de mirar um laser poderosíssimo neste espelho e vê-lo sendo refletido de volta à Terra. Confira um trecho do seriado The Big Bang Theory no qual os personagens fazem exatamente isso.

Na verdade, esse experimento é um projeto que existe num observatório no sul da França (Grasse), que tem por objetivo determinar a distância do Sistema Terra-Lua. Não é fácil “acertar” os espelhos deixados pelos astronautas.



Um outro gesto simbólico realizado na missão foi deixar uma plaqueta de metal no Mar da Tranquilidade com os seguintes dizeres: "Aqui, homens do planeta Terra pisaram na lua pela primeira vez. Julho, 1969 d.C. Viemos em paz, em nome de toda a humanidade".


Depois de algumas horas na superfície, era hora de retornar para a base. Armstrong fez este retrato de Aldrin pouco antes de voltar para o módulo Eagle.

A bandeira e uma câmera de televisão, vistas de dentro do módulo lunar.



Momentos antes de decolarem em direção ao módulo de comando Columbia, Armstrong tirou este autorretrato, hoje conhecido como Selfie.



Quando os astronautas voltavam para a Terra, viam esta imagem se olhassem para trás.


E, se olhassem para a frente, tinham esta visão.


Por fim, em 24 de julho, a tripulação é resgatada no oceano, em uma área próxima ao Havaí. De volta aos Estados Unidos, eles encontram as esposas em 27 de julho.




Confira uma montagem feita pela NASA dos principais momentos do pouso na lua:




Este vídeo restaurado de mais de 3 horas foi transmitido ao vivo em 1969, assistido por 500 milhões de pessoas:


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18 de jul. de 2014

Cientistas encontram meteorito que poderia ter gerado a vida na Terra



Uma equipe de cientistas suecos descobriu um meteorito que poderia ser o responsável pelo ter gerado o surgimento da vida na Terra, cerca de 470 milhões de anos atrás.

Durante o período Ordoviciano, que começou há cerca de 488 milhões anos e terminou após 45 milhões de anos de existência, a vida evoluiu de algo muito primitivo até se tornar mais complexa e muito diversificada. Os cientistas acreditam que a causa dessa mudança está relacionada com uma catástrofe espacial, possivelmente provocadas pelo choque de asteroides ou cometas. Terá sido um asteroide e um cometa? Segundo o estudo, um choque poderia ter produzido uma chuva de meteoritos, que teriam sido o motivo da transformação que ajudou o surgimento da vida na Terra.

Especialistas analisaram diversos meteoritos com idades em torno de 470 milhões de anos para saber se todos eles correspondem a um mesmo tipo de condritos tipo L. Até hoje não havia sido encontrada evidência de outro tipo de corpo celeste participando da origem da vida planetária.

No entanto, o elo perdido poderia ter sido encontrado na Suécia, com os restos de um tipo raro de asteroide nunca antes observado. O estudo, que foi realizado nos últimos três anos, indica que o meteorito é contemporâneo de outros, mas com uma composição completamente diferente. 


Existem teorias que sugerem que os meteoritos foram responsáveis por semear a vida na Terra. Porém, estudiosos ainda pesquisam como eles podem ter contribuído para a enorme biodiversidade global.

Fonte: The Independent 
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17 de jul. de 2014

Cápsula Cygnus chega à Estação Espacial Internacional

Imagem da Nasa mostra o transportador Cygnus (Foto: Nasa-TV/AP)

Carregamento tem alimentos e equipamentos para seis astronautas. A cápsula não tripulada da empresa Orbital Science Corporation chegou nesta quarta-feira à Estação Espacial Internacional (ISS) com um carregamento de alimentos e equipamentos para a tripulação de seis pessoas que a ocupa, informou a NASA. A Cygnus decolou no último domingo de Wallops Island, Virgínia, Estados Unidos.

De acordo com a previsão, os astronautas devem abrir a cápsula no dia de hoje, caso a equipe de astronautas trabalhe rápido e sem inconvenientes.

A Cygnus transporta 1,657 tonelada de materiais, incluindo novos satélites, experimentos para cultivo de rúcula no espaço e uma bomba para o módulo japonês que substituirá outro que deixou de funcionar.

A missão, chamada Orb-2, é a segunda de oito que a NASA acertou com a Orbital, e é a terceira viagem de uma cápsula Cygnus à ISS depois de um voo de teste bem sucedido no ano passado.

A Orbital Sciences e a SpaceX são duas empresas privadas americanas que assinaram contratos importantes com a Nasa para o transporte de material à ISS. Depois de ter encerrado seu programa espacial de 30 anos em 2011, a NASA não voltou mais ao espaço.


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Astrobiologia ou Ufologia? Um conflito entre Ciência e Pseudociência


Existe um “problema” quando abordamos assuntos relacionados à vida extraterrestre na astrobiologia e na ufologia. O problema é que em ambos os casos é impossível não especular.

Mas qual é o problema de ambos os métodos buscarem algo dito popularmente em comum?

O problema é que somente a astrobiologia trata de assuntos relacionados à vida extraterrestre de maneira científica. Apesar de da própria ufologia alegar que estamos sendo visitados por seres extraterrestres sem apresentar evidências, essa não é função da ufologia, não é o dever dela saber se tal premissa é verdadeira ou falsa.

O que é Astrobiologia?



A astrobiologia, é o estudo da vida e sua evolução no universo. Ela é uma área multidisciplinar que atua em diferentes campos da ciência. Quem faz astronomia, ciências biológicas, ciências moleculares, física ou geologia, por exemplo, pode ser um forte candidato a atuar no campo da astrobiologia. A astrobiologia estuda exoplanetas (planetas extrassolares), busca sinais de vida inteligente fora da Terra ( Projeto SETI) e busca entender como a vida pôde se originar, se desenvolver nos ambientes mais extremos (muito quente e muito frio).

A Astrobiologia é Ciência?

Não há registros publicamente conhecidos e amplamente propagados de que observaram algum ser extraterrestre ao longo da história, o que pode soar como um problema em estabelecer uma ciência da astrobiologia. Porém, nos últimos 20 anos, os cientistas encontraram indícios de que a vida pode ser bastante comum no universo e muitos estão esperançosos de que em breve encontrarão provas de vida fora da Terra. Algumas dicas vêm da vida terrestre. Biólogos descobriram muitas espécies de extremófilos – microrganismos que se desenvolvem em ambientes extremos, como lagos alcalinos e fissuras da rocha no subsolo. A vida por ter se originado no fundo do oceano em torno de fontes hidrotermais, podem ser características comuns de outros planetas e luas. E os traços químicos do metabolismo aparecem em rochas logo após os ferozes borbardeios por meteoritos na Terra, o que implica que a vida pode ser capaz de começar rapidamente e facilmente.

Meteoritos de Marte Asteroides ocasionalmente atingem a Terra. Bactérias ou seus esporos provavelmente podem sobreviver à viagem no espaço, apesar do frio e da radiação intensa, o que significa que a vida primitiva pode um dia ter sido trazida de outros planetas do sistema solar – uma hipótese chamada panspermia.


Como é feita a busca pela inteligência extraterrestre? 

A equação de Drake prevê quantas civilizações na galáxia estão atualmente tentando se comunicar conosco. Todavia, alguns fatores na equação são meras conjecturas, e recentemente ela sofreu um upgrade com os dados do Telescópio Espacial Kepler. Os otimistas enfrentam o paradoxo de Fermi: se civilizações são comuns, então por que nós não os vemos? Os cientistas passaram mais de 40 anos na busca por inteligência extraterrestre (SETI), usando rádio telescópios de rádio para transmitir e receber sinais.


O que é Ufologia?


A ufologia é o “estudo” de objetos voadores não identificados (OVNIs). Ela não trabalha com a ideia de que os OVNIs sejam naves extraterrestres, apesar de alguns ufólogos afirmarem o contrário, gerando assim uma contradição referente ao seu significado.

A Ufologia é ciência?

A ufologia não é ciência, pois ela não é falseável (não coloca suas hipóteses à prova). Não há evidências, ela não tem base científica para sustentá-la. A ufologia é totalmente baseada em relatos e documentos (registros) e evidências anedóticas (observações que não podem ser provadas, testemunhos).

A maioria das descrições de aparecimento de OVNIs que já identifiquei, eram pipas, satélites, balões meteorológicos, balões de ar quente, bexigas de gás, sacos plásticos, fenômenos naturais, planetas, estrelas, insetos e sujeiras na lente da câmera fotográfica.


O problema em estabelecer uma análise crítica na ufologia é que muitas pessoas desconhecem a própria natureza (fenômenos naturais). Por exemplo, não sabem o que é halo solar, halo lunar, nuvens lenticulares e sun dogs. E convenhamos, a maioria das pessoas nem sempre gosta de ouvir respostas simples, dando preferência a ouvir algo que condiz com suas crenças

Que conclusão podemos tirar da Astrobiologia e da Ufologia?

Enquanto a astrobiologia afirma ainda não possuir evidências da presença de vida fora da Terra, a ufologia afirma (sem provas) que essas evidências existem e estão na mão do exército, da NASA e do governo. Enquanto à astrobiologia possui uma ferramenta científica de maior confiabilidade em relação à busca da vida extraterrestre, a ufologia não possui tal ferramenta e simplesmente se limita à imagens, vídeos e relatos de supostas testemunhas.


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16 de jul. de 2014

Dica do dia

STAR TREK – Além da Escuridão

STAR TREK: Além da Escuridão - J.J. Abrams - 2013

O longa dirigido por J.J. Abrams é o décimo segundo da franquia Star Trek (Jornada nas Estrelas). O filme teve desenvolvimento em 2009, dando origem ao Além da escuridão. 

Em sua nova missão, em 2259, a tripulação da nave USS Enterprise é enviada ao planeta primitivo Nibiru para estudos, com o objetivo de deter um vulcão que está prestes a entrar em erupção. Spock é enviado para o interior do vulcão, onde deve deixar um dispositivo que irá congelar a lava incandescente. No entanto, ele fica preso dentro do vulcão, impossibilitando-o de sair. Para salvá-lo, James T. Kirk, desrespeita as instruções da frota Estelar.



Ao desobedecer os comandos da Frota, ordenando que a Entreprise saia do seu esconderijo no fundo do mar, a nave é descoberta pelos seres primitivos que habitam o planeta. Esta violação faz com que o capitão perca o comando da nave para o capitão Pike.

A situação muda, e a tripulação da Enterprise encontra uma incrível forca de terror dentro de sua própria organização, quando John Harrison, renegado da Frota coordena um ataque. Logo o capitão Kirk é reconduzido ao seu posto e enviado para capturar Harrison, em um planeta dentro do império klingon, que está à beira de uma guerra com a Federação.

Vale a pena conferir!


15 de jul. de 2014

Você sabia?

As manchas solares não são buracos na superfície do Sol. Elas são regiões da fotosfera solar que possuem uma temperatura menor do que aquela encontrada na sua vizinhança. Devido a essa diferença de temperatura, as manchas solares aparecem para nós como regiões mais escuras.


14 de jul. de 2014

Sistema triplo de buracos negros é detectado por astrônomos

Galáxia a quatro bilhões de anos-luz de tem três buracos negros supermassivos.

O centro da maioria das galáxias esconde um buraco negro supermassivo. Mas descobriu-se recentemente uma galáxia a cerca de 4 bilhões de anos-luz não tem apenas um, nem dois, mas três buracos negros gigantes no centro.


O sistema triplo parece extremamente raro, apenas quatro são conhecidos. O sistema mais recente inclui dois buracos negros que orbitam um ao outro muito de perto, cerca de 450 anos-luz de distância, com um terceiro buraco negro um pouco mais longe. O trio é também o mais compacto dos buracos negros conhecidos até hoje. É descrito na revista Nature.

Como esses objetos continuam a orbitar o centro de sua galáxia, a gravidade acabará por fazer com que fiquem cada vez mais próximos. Em última análise, eles podem até se fundir. Os pesquisadores esperam que este sistema triplo de buraco negro seja um bom lugar para procurar por ondulações no espaço-tempo chamadas de ondas gravitacionais. Enquanto suas órbitas encolhem, os buracos negros devem irradiar parte de sua energia orbital como ondas gravitacionais, previstas por Einstein um século atrás.



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Sonda de Saturno Pronta para Grand Finale

A sonda Cassini se prepara para produzir imagens inéditas de Saturno e mergulhar na atmosfera do planeta

Após orbitar Saturno durante 10 anos a sonda Cassini, da Nasa, está pronta para sua última viagem.

O veículo já revolucionou nosso conhecimento sobre o Planeta dos Aneis e suas luas. A Cassini descobriu gêiseres lançadores de água na lua Encélado. Descobriu lagos, rios e evidências de ondas oceânicas na lua Titã. Ela capturou os majestosos aneis de Saturno com detalhes sem precedentes, e até revelou a presença de aneis nunca dantes vistos. 

Agora a Cassini está se preparando para seu último ato. Em 2016, a sonda embarcará em uma série de voos que deve oferecer uma nova imagem do sistema de Saturno. A sonda mergulhará entre Saturno e seu anel mais interno 22 vezes durante aproximadamente um ano. Ela se posicionará acima do polo norte do planeta e passará perto das plumas lançadas por Encélado.

Recentemente, a Nasa pediu sugestões do público para batizar essa última missão. O nome vencedor foi “Grand Finale”. A missão terminará em setembro de 2017, quando a Cassini sofrer uma morte dramática lançando-se na atmosfera de Saturno. Que despedida!

NASA/JPL-Caltech/Instituto de Ciência Espacial

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11 de jul. de 2014

De todos os ângulos

Astrofísicos brasileiros fazem mapeamento em 3D de nuvem de poeira e gás que envolve raro sistema estelar binário agonizante. O modelo pode ajudar a entender mais sobre estrelas desse tipo e abrir caminho para desvendar mistérios do universo.

O primeiro modelo tridimensional da nebulosa do Homúnculo permite visualizá-la em toda sua extensão, exibindo sua forma de amendoim. (imagem: Nasa Goddard)

A nebulosa do Homúnculo, uma grande massa de poeira e gás que envolve o sistema de estrelas mais estudado da nossa galáxia, o Eta Carinae, acaba de ter sua forma desvelada em detalhes por um grupo internacional de astrofísicos que inclui três brasileiros. Com base em dados do telescópio VLT, do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile, os pesquisadores foram além das convencionais fotos chapadas do corpo celeste e criaram o primeiro modelo em 3D da nebulosa.

A nebulosa do Homúnculo é produto de uma detonação recente, ocorrida em 1843 pela aproximação ou colisão das duas estrelas que compõem o sistema binário Eta Carinae. O evento foi tão intenso que na época a Eta Carinae (então considerada uma só estrela) foi elevada a segunda estrela mais brilhante conhecida, depois de Sirius. Pedacinhos das estrelas com massa equivalente a 15 sóis continuam se afastando, e assim a nebulosa segue se expandindo lentamente – atualmente tem cerca de 3 trilhões de quilômetros de comprimento.


Com o mapeamento tridimensional, os pesquisadores conseguiram visualizar a nebulosa em toda sua extensão, exibindo sua forma de amendoim, seus vales, protuberâncias e buracos. Descobriram, por exemplo, que a poeira não se espalha em todos os pontos; no lado oculto para nós aqui da Terra há falhas.

A partir do mapeamento em 3D da nebulosa, pesquisadores conseguiram observar marcas de sua formação, como vales, protuberâncias e buracos, e poderão entender melhor os sistemas binários de estrelas. (imagem: Nasa Goddard)

“Toda vez que vemos um objeto espacial aqui da Terra a imagem que temos é plana, como uma fotografia, não vemos todos os lados, mas essa técnica nos permite ver em três dimensões, ver a espessura do objeto e seus acidentes geográficos”, conta o astrônomo da Universidade de São Paulo (USP) Augusto Damineli, um dos autores da pesquisa, publicada no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. “É como se fizéssemos uma tomografia da nebulosa.”

Segundo o astrônomo, todas essas marcas são como uma impressão que revela pistas sobre a formação da nebulosa há 171 anos. “A nuvem de gás e poeira, ao ser ejetada pela estrela principal do par binário, interagiu com o material que estava acumulado no plano orbital do sistema, deixando marcas nele”, explica.

Todas essas marcas são como uma impressão que revela pistas sobre a formação da nebulosa há 171 anos

Para conseguir montar o modelo em 3D da nebulosa, os cientistas se valeram da medição da velocidade de afastamento ou aproximação de cada ponto do objeto em relação à Terra. Assim, foi possível saber qual parte da fina camada de poeira está de que lado e a qual distância está do seu ponto de origem, o sistema binário que fica no encontro dos lóbulos da nebulosa.
Damineli se diz surpreso por conseguir observar marcas tão definidas no mapeamento. “A nebulosa é mil vezes maior que o sistema binário que a gerou; quando um objeto cresce tanto assim, não esperamos ver marcas tão definidas, é como tentar ver marcas de nascença em um adulto, que já cresceu e teve a pele mais esticada”, exemplifica.
Os cientistas já identificaram a causa de algumas marcas principais, como os vales, gerados pela colisão de ventos das duas estrelas. Outras ainda serão estudadas futuramente. 

 Dinossauro no quintal

O sistema binário envolvido pela nebulosa do Homúnculo é raro e único. Suas estrelas são tão grandes quanto as primeiras estrelas, formadas quando o universo tinha apenas 200 milhões de anos e que hoje não existem mais. 

Estrelas desse tipo são conhecidas por produzirem oxigênio, um dos elementos fundamentais à vida. Ao contrário das primeiras estrelas, a Eta Carinae está viva e bem perto de nós, a 8 mil anos-luz. Seu estudo pode oferecer informações valiosas para compreender o início do universo e a produção de oxigênio pelas estrelas.

“O universo atual já não produz grandes estrelas como fazia quando era jovem, para produzir essas estrelas é preciso muito gás e essa matéria-prima está quase em falta”, conta Damineli. “Porém, a Eta Carinae é uma espécie de dinossauro fora de época, ela é uma grande estrela com apenas 2,5 milhões de anos e, melhor ainda, está no nosso quintal.”


A Eta Carinae já sofreu pelo menos três detonações. Além da que formou a nebulosa do Homúnculo, ‘explodiu’ há 2 mil anos e há 110 anos – eventos que igualmente deixaram para trás nebulosas. Agora, os cientistas querem entender melhor como ocorrem essas detonações.

Damineli explica que as detonações ocorrem quando as estrelas estão em sua máxima aproximação uma da outra, o que se repete a cada cinco anos e meio. Assim como a Lua exerce um efeito de maré que aquece o fundo dos oceanos, a estrela menor do sistema causa a mesma reação na estrela maior. Ocasionalmente, o aquecimento provocado leva à formação de antimatéria, que gera uma explosão parcial na estrela maior.

No caso de uma estrela tocar o núcleo da outra, o sistema Eta Carinae pode sofrer sua detonação final

A simples aproximação das estrelas pode gerar as detonações, mas o astrônomo acredita que, no caso da Eta Carinae, ocorre um fenômeno único, nunca antes observado: as duas estrelas entram uma na outra. No próximo dia 25, o par estelar vai estar nesse período de maior aproximação e o cientista não vai perder a oportunidade de estudá-lo.

“Provavelmente, até o final do mês saberemos se isso ocorre e poderemos medir o quanto uma entra na outra”, diz Damineli. O astrônomo avisa que, no caso de uma estrela tocar o núcleo da outra, o sistema Eta Carinae pode sofrer sua detonação final.

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10 de jul. de 2014

Dica do dia

APOLLO 18

Apollo 18 – Gonzalo Lopez-Gallego (2011)

Em dezembro de 1972, oficialmente, aconteceu à missão tripulada a Lua Apollo 17. O filme se inicia com explicações sobre a missão anterior e aborda que um ano depois foi enviado ao satélite uma missão sigilosa, a Apollo 18.

Financiada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, dois astronautas são enviados em direção à Lua para instalar detectores de mísseis balísticos da União Soviética. Os dois astronautas andam pelo solo lunar e recolhem amostras de rochas lunares. Durante a exploração, eles descobrem pegadas e um capacete rachado que os levam até uma cratera escura e encontram um cosmonauta morto.


A equipe se prepara para voltar à Terra, mas o lançamento é abortado quando a nave sofre uma agitação violenta, causando grandes danos na nave. A dupla fica incapaz de fazer contato com Houston devido ao aumento dos níveis de interferência e surge especulações entre os dois astronautas de que a real intensão da missão é de monitorar alienígenas.

A Apollo 18 é tema de diversas discussões sobre veracidade da missão provocando respostas da NASA sobre sua autenticidade, que desmentiu as declarações sobre a real existência dessa viagem secreta.

Ficou curioso? Vale a pena conferir!