28 de set. de 2015

Astrônomos observam aglomerado de galáxias com coração vibrante



Astrônomos descobriram um aglomerado de galáxias cujo centro está repleto de novas estrelas. A descoberta inesperada aponta que galáxias no centro desses aglomerados massivos podem crescer significantemente ao se "alimentar" de gases roubados de outra galáxia.

"Normalmente, as estrelas nos centros dos aglomerados de galáxias são velhas e mortas, basicamente fósseis," disse Tracy Webb da Universidade McGill, em Montreal, Canadá, autora principal de uma nova publicação aceita no Astrophysical Journal. “Mas nós concluímos que a galáxia gigante no centro desse aglomerado está criando novas estrelas em grande escala depois de se mesclar com uma galáxia menor."

Aglomerados de galáxias são famílias de grandes galáxias unidas e agrupadas pela força gravitacional. A própria Via Láctea está em um pequeno grupo de galáxias, chamado Grupo Local, também localizado no superaglomerado de Laniakea ("paraíso imensurável", em havaiano), que abrange 100.000 galáxias.

O aglomerado, definido pelos astrônomos como SpARCS1049+56, tem pelo menos 27 galáxias, massa combinada de aproximadamente de 400 trilhões de sóis e está localizado a 9.8 bilhões de anos-luz da constelação Ursa Maior. Este aglomerado foi descoberto utilizando o Telescópio Espacial Spitzer e o telescópio Canadá-França-Havaí, em Mauna Kea, no Havaí, confirmado por observações realizadas no Observatório W.M Keck, também no Mauna Kea (Monte Branco).
O que faz desse aglomerado algo único é seu centro cheio de estrelas jovens. No centro da maioria dos aglomerados de galáxias há uma galáxia que normalmente não produz estrelas com rapidez. A galáxia predominante no aglomerado SpARCS1049+56 está possibilitando o nascimento a um grande número de estrelas - aproximadamente 860 por ano, contra apenas uma ou duas criadas pela nossa Via Láctea.

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