São João - a festa do Solstício
Pôr do Sol no solstício de verão alinhado com as pedras do Stonehenge, na inglaterra. Um de muitos templos dedicados ao Sol e a observação e catalogação das datas do início das estações. Ainda hoje, todos os anos, pessoas vão contemplar os solstícios e equinócios no Stonehenge.
O que pouca gente sabe é que era de costume a igreja absorver festividades pagãs e torná-las católicas, principalmente na idade média, quando o poder da Igreja era soberano principalmente na Europa. . Foi assim que o Cristianismo, não podendo combater os festejos pagãos da Antiguidade (mais precisamente no período neolítico celta) que ainda prevaleciam em plena Idade Média, resolveu adaptá-los ao calendário cristão.
A Saturnália, que influenciou o Carnaval, foi a festividade que agora conhecemos como Natal e representava o deus romano Saturno, ou Cronos para os gregos que claro, ocorria no Solstício de inverno no Hemisfério Norte, e de verão, no Hemisfério Sul.
Segundo a tradição, era comum celebrar festas principalmente durante os solstícios, ou seja, os dias do ano em que o Sol atinge a maior declinação em latitude, em relação a linha do equador. No hemisfério Norte, o Solstício de Verão ocorre de 21-22 de junho, e o Solstício de Inverno, entre 21-22 de dezembro. No hemisfério Sul, as datas são inversas, em junho seria o inverno e em dezembro, o verão.
Iluminação da Terra pelo Sol durante o solstício do hemisfério norte.
Em comemoração à chegada do Solstício de verão, no hemisfério Norte, vários países europeus festejavam a data. A igreja por sua vez, assimilou a data, transformando-a na festividade do nascimento de São João Batista.
Origem da fogueira
A tradição das fogueiras juninas tem origem européia e também fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde", que se tornou a famosa árvore de natal, a fogueira do dia de Midsummer (25 de junho) tornou-se, pouco a pouco, na Idade Média, um atributo à fogueira que Isabel acendera para avisar a Maria sobre o nascimento de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Outras versões dizem que os antigos sacerdotes, ao descobrir a importância dos Solstícios, que indicavam as grandes estações climáticas e mexiam com a economia local, assim, eles tinham o Sol como um deus, louvando-o todos os anos nos dias dos Solstícios, com o fogo, a luz suprema que o homem oferecia às divindades pagãs. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as Festas de São João Europeias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França). Foi quando a festa do deus Sol se transformou nas populares festas juninas.
Fogueira de Festa do Verão em Mäntsälä. Fogueiras de São João (Festa do Verão) são bastantes populares no dia de São João (Juhannus) no campo ao redor das cidades em festejos.
No Brasil
Durante, o período colonial (1500-1822), os portugueses, além de catequizar os índios e trocar especiarias, trouxeram para o Brasil as tradições medievais católicas e uma delas foi a festa de São João Batista. A festa se tornou muito popular com o passar dos anos aqui no Brasil, principalmente na região Nordeste. Em Portugal, além de São João, também acrescenta-se outros dois santos populares: Santo Antônio e São Pedro.
Ainda hoje vemos templos antigos e modernos que, mesmo que os religiosos e fieis não percebam, são alusões diretas ou indiretas aos deuses solares e não aos santos populares.
Agora que você já sabe a origem das Festas Juninas, toda vez que ver uma fogueira acesa no dia 23 de junho, lembrará das antigas tradições celtas para o Deus do Sol e para a chegada do Solstício todos os anos.
Agora que você já sabe a origem das Festas Juninas, toda vez que ver uma fogueira acesa no dia 23 de junho, lembrará das antigas tradições celtas para o Deus do Sol e para a chegada do Solstício todos os anos.
Tradicional Quadrinha junina na pirâmide do Parque do Povo no Maior São João do Mundo, em Campina Grande, PB, Brasil.
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