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Créditos: NASA/JPL/Universidade do Arizona |
Dados do satélite Mars
Reconnaissance Orbiter (MRO) mostraram recentemente que Marte não é o planeta
seco como se imaginava. Manchas escuras observadas na superfície do planeta
vermelho podem estar ligadas à presença de água, possivelmente mantida em
estado líquido por causa dos depósitos de sal contidos nos declives marcianos -
assim como sal jogado nas estradas auxiliam no derretimento do gelo em países
cuja neve é abundante.
Astrônomos da NASA observaram que
essas manchas aparecem e fluem durante as estações mais quentes e desaparecem
quando a temperatura é mais baixa, reforçando a ideia de que as marcas escurecidas
estariam associadas ao fluxo de água salgada. A temperatura média no planeta é
de -62ºC e a descoberta traz consigo a possibilidade da existência de vida em
Marte.
A NASA precisou enviar sondas durante
vários anos para desvendar esse mistério, mas a origem da água em estado
líquido nos penhascos e paredões na superfície marciana ainda é desconhecida.
Dados obtidos pelo estudo levam cientistas a especularem que ela venha de
aquíferos salgados, se condense devido a atmosfera ou, em diferentes partes do
planeta, uma combinação dos dois fatores.
A descoberta mostra que Marte
pode ter sido como a Terra no passado e ter perdido os seus mares e lagos
devido a extremas mudanças climáticas. O oceano no planeta vermelho teria
existido por aproximadamente 1,5 bilhão de anos e conforme a atmosfera ficou
mais fina, a queda na pressão do ar provocou a perda da água, deixando para
trás apenas 13% da quantidade de água líquida que Marte um dia teve e nos
alertando sobre os possíveis resultados de uma drástica alteração climática no
planeta.
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