Redação do Site Inovação Tecnológica
Bolhas magnéticas
Observações das sondas espaciais Voyager, os mais distantes objetos construídos pelo homem, sugerem que a borda do nosso Sistema Solar pode não ser lisa e suave, mas cheia de um mar turbulento de bolhas magnéticas.
Usando um novo modelo de computador para analisar os dados das duas Voyager, os cientistas encontraram campo magnético constituído de bolhas de aproximadamente 160 milhões de quilômetros de diâmetro cada uma.
As bolhas são criadas quando as linhas do campo magnético emanadas pelo Sol se reorganizam.
O novo modelo sugere que as linhas do campo magnético quebram-se em estruturas auto-contidas, desconectadas do campo magnético solar.
Tal como a Terra, o Sol tem um campo magnético com um pólo norte e um pólo sul. As linhas desse campo são esticadas para fora pelo vento solar, um fluxo de partículas eletricamente carregadas que emana da estrela e que interage com o material expelido por outros corpos celestes em nossa vizinhança da Via Láctea.
As sondas Voyager, a quase 15 bilhões de quilômetros da Terra, estão passando agora pela fronteira do Sistema Solar, justamente onde o vento solar e o campo magnético são afetados por essas emanações de outros pontos da galáxia.
Raios cósmicos galácticos
Explicar a estrutura do campo magnético do Sol permitirá que os cientistas compreendam como os raios cósmicos galácticos entram em nosso Sistema Solar e ajudará a definir como nossa estrela interage com o resto da galáxia.
De forma curiosa, a maior parte dos dados que levou os cientistas a concluir pela existência das bolhas magnéticas provém de um instrumento a bordo das sondas que mede partículas energéticas.
Os cientistas agora estão checando os dados para tentar encontrar as assinaturas das bolhas magnéticas nos dados dos sensores de magnetismo da Voyager.
Lançadas em 1977, as sondas gêmeas Voyager continuam em uma jornada que já dura 33 anos. Elas estão a caminho de atingir a borda do espaço interestelar.
Bibliografia:
Learning from the Outer Heliosphere: Interplanetary Coronal Mass Ejection Sheath Flows and the Ejecta Orientation in the Lower Corona
R. M. Evans, M. Opher, T. I. Gombosi
Astrophysical Journal
June 9
Vol.: 2011 ApJ 728 41
DOI: 10.1088/0004-637X/728/1/41
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