O arqueólogo Cameron Smith projetou e construiu uma roupa de astronauta 15 vezes mais em conta do que as utilizadas pela NASA.
Um dos maiores entraves para a popularização de viagens espaciais é o alto custo envolvido em todas as etapas da operação. Afinal, mesmo em 2014, colocar um homem no espaço requer tecnologia de ponta. Mas não seria possível reduzir estes custos de alguma forma? O arqueólogo Cameron Smith, da Universidade de Portland nos EUA, conseguiu comprovar que sim: ele desenvolveu o protótipo de um traje espacial que custou cerca de US$ 2 mil, enquanto os modelos utilizados pela NASA têm um custo estimado de US$ 30 mil. “Com esta pequena peça do quebra-cabeça, eu só quero mostrar que o custo para acessar o espaço pode ser mais baixo”, diz.
Smith, assim como muitas crianças, sempre sonhou em ser astronauta. No entanto, em 1977, mesmo com apenas dez anos, ele foi além – enviou cartas para astronautas e cosmonautas pedindo orientações. Eventualmente, a corrida espacial acabou esfriando, e Cameron optou por estudar a Terra. Além de arqueólogo, também se especializou em antropologia e explorou lugares como o Alaska e a Islândia, mas suas aspirações aeronáuticas não morreram.
Em 2008 ele decidiu que iria construir um balão que o levaria a uma altura de 50 mil pés (cerca de 15 quilômetros). Para sobreviver nestas condições, seria preciso também elaborar um traje especial, que garantisse a pressurização e temperatura ideais para a vida humana. A engenhosidade de Cameron reuniu no projeto desde objetos de cozinha até peças de hardware, bem como uma roupa de mergulho modificada e um capacete soviético pressurizado para voos em grandes altitudes.
Basicamente a roupa é composta por quatro camadas: a primeira garante o isolamento térmico por meio de 11 metros de tubulação bombeando fluido refrigerador; a segunda e a terceira se encarregam de manter a pressurização ideal, equivalente a cerca de um quarto da pressão atmosférica no nível do mar; e a quarta é uma espécie de capa protetora à prova de fogo e equipada com recipientes para armazenar itens de sobrevivência. A organização dinamarquesa Copenhagen Suborbitals que defende a exploração independente do espaço, adotou o traje em suas operações e está realizando testes com o modelo, que foi batizado de Mark I Gagarin.
Veja o traje espacial sendo testado em uma piscina: clique aqui.
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