13 de out. de 2014

Cientistas vão perfurar diretamente uma falha geológica prestes a causar um terremoto


A falha Alpina é a mais perigosa falha geológica da Nova Zelândia e uma das mais perigosas do mundo. Estudos indicam que ela pode entrar em atividade a cada 300 anos e produzir um terremoto de magnitude até 8. O mais recente foi em 1717, significando que o próximo deve estar a caminho. O que será feito em relação a isso? Simples: uma perfuração na falha, com 1,5km de profundidade para melhor estudá-la.

Mesmo com o conhecimento atual sobre terremotos, ainda é impossível prevê-los. Não se sabe o que acontece dentro de uma falha ativa, seja nos meses, dias ou minutos que precedem um tremor. Cientistas do Deep Fault Drilling Projetc, na Nova Zelândia, farão pela primeira vez uma perfuração numa falha prestes a entrar em atividade e com probabilidade de causar um grande terremoto.

A perfuração (1,5km de profundidade e 10cm de diâmetro) vai até a “zona de esmagamento” onde ocorre o encontro de placas tectônicas. Um conjunto de sensores registrará a temperatura, pressão, som e imagens da falha ativa. Amostras de rochas serão coletadas para estudar as “cicatrizes” deixadas por atividades sísmicas do passado.

“Realmente não sabemos o que vamos encontrar quando chegarmos na zona da falha”, diz um dos líderes do projeto, Rupert Sutherland, em um press release da Universidade Victoria. O projeto de perfuração é sem precedentes. Cientistas já fizeram isso antes. Perfuraram um local no complexo de falhas de San Andreas, na Califórnia, onde ocorrem pequenos e frequentes tremores. Porém este novo projeto é completamente diferente, pois tem como objetivo “olhar de perto” uma falha que está prestes a provocar um grande terremoto.

Assista o vídeo:


Matéria original: clique aqui.


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