O campo geomagnético muda completamente, isto é, o pólo norte magnético desloca-se para o sul (e vice versa) em intervalos de tempo não regulares, variando desde dezenas de milhares a milhões de anos. As causas disso, ligadas à dinâmica interna da Terra na região do núcleo, ainda não são completamente conhecidas. Cientistas argumentam que este processo pode voltar a ocorrer daqui a alguns séculos.
Até hoje aceita-se que a reversão de polaridade ocorre em longos intervalos de tempo irregulares. Nos últimos anos alguns estudos sugerem que as mudanças acontecem com velocidade nunca antes imaginada. Um recente trabalho publicado no Geophysical Journal International dá detalhes sobre essas mudanças rápidas.
Como saber que as mudanças no campo geomagnético aconteceram há tanto tempo atrás? Por exemplo, analisando camadas de cinzas depositadas por erupções vulcânicas ao longo de 10000 anos, encontradas em um leito de lago próximo a Roma. De acordo com um estudo da Universidade de Berkeley, a direção do campo geomagnético ficou “gravada” nessa camada de cinza, e pode ser datada de forma confiável para saber qual era sua orientação na época.
Figura 1 - A cerca de 789000 anos atrás o polo norte, então
situado ao redor da Antártida, começou a mudança para a posição
atual, na região Ártica.
Existem evidências comprovadas que o campo está mudando. Dados paleomagnéticos indicam que o norte deslocou-se quase 900 quilômetros nos últimos dois séculos. Observações efetuadas por três satélites da agência espacial européia revelaram que o campo está ficando mais fraco em alguns pontos e forte em outros.
Para os especialistas da área não é surpreendente que outra inversão ocorra num futuro distante, afetando toda a vida na Terra. Um campo alterado durante a fase de inversão pode implicar em menos proteção contra a radiação ultravioleta. O impacto na infra estrutura também seria sentido, especialmente em tudo que depende da energia elétrica, desde redes de geração, transmissão e consumo, até os modernos equipamentos eletrônicos mais sensíveis.
Figura 2 - O campo geomagnético atua como um
escudo protetor contra emiisões intensas de
radiações solares.
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