7 de fev. de 2015

Antena gigante vai monitorar ciclo hidrológico da Terra

O clima na sala de controle da missão na Base Vandenberg da Força Aérea, na Califórnia, estava tenso enquanto cientistas assistiam ao trabalho de suas vidas – um satélite da NASA – decolar a bordo de um foguete Delta 2 no último sábado, 31 de janeiro. Aquela foi a terceira tentativa; a primeira, na quinta-feira, foi cancelada devido a ventos fortes e a segunda, na sexta-feira, para pequenos reparos no foguete.

A carga do foguete era preciosa. O satélite – SMAP, ou “Umidade do Solo Ativa Passiva” – foi desenvolvido durante mais de duas décadas. Uma vez em órbita a 685 quilômetros da Terra o SMAP medirá a umidade contida no solo, que é fundamental para descobrir como o ciclo hidrológico do planeta está funcionando. Ele também fará análises de solos do Hemisfério Norte e identificará regiões que estão sequestrando carbono e ajudando a reduzir o aquecimento global.

Quando a contagem regressiva começou, o SMAP estava perfeitamente seguro na cobertura do foguete.

Estava escuro dentro da minha cobertura e eu estava ansiosa para ser lançada para que pudesse começar minha missão científica”, escreveu ela.

Em poucos segundos o Delta 2 se tornou um brilho alaranjado no céu, carregando o satélite a 27.000 km/h, rápido o bastante para escapar da gravidade da Terra e entrar em órbita.

Então, cerca de 50 minutos após o lançamento, o SMAP se separou do foguete. Com a Terra azul e branca ao fundo, o satélite abriu seus equipamentos solares gêmeos e entrou em órbita.

Esforços centrados na carreira

Na base Vandenberg os pioneiros da missão, como Tom Schmugge, engenheiro aposentado da NASA que foi o primeiro a sugerir a ideia de uma pesquisa de umidade do solo, e outros cientistas que dedicaram suas vidas à missão explodiram em vivas, abraços e apertos de mão.

Eu acho que todos os que contribuíram para essa missão devem se sentir muito aliviados, porque os primeiros passos fundamentais foram tomados sem qualquer problema”, escreveu por email Ted Engman, engenheiro aposentado da NASA que trabalhou na missão SMAP durante grande parte de sua carreira.

O satélite sobrevoou três estações terrestres de rastreamento e transmissão em Svalbard, no Alasca e na Estação McMurdo na Antártica, e se comunicou com todos os três sem problemas, declara Kent Kellog, diretor de projetos do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.

As fases mais tensas já estão concluídas e o próximo passo a observar a ativação da antena gigante da sonda. Com o tamanho de uma roda gigante, essa antena contém uma malha refletora de ouro e é a única parte do satélite que não foi testada na Terra devido ao seu tamanho assombroso.

O satélite enviará pulsos de microondas para a Terra que serão refletidos pela umidade contida dentro do solo. A antena do satélite receberá as ondas refletidas e detectará mudanças na energia, que revelarão a quantidade de água contida em solos de todo o mundo, do Ártico aos trópicos.

O SMAP é a quinta missão terrestre lançada pela NASA nos últimos 11 meses.

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