26 de jan. de 2012

Mercadante destaca avanços e diz que deixa o MCTI em boas mãos

MCTI
25/01/2012 - 15:25

A criação do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o fortalecimento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) e o sucesso inicial do programa Ciência sem Fronteiras (desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação). Essas foram algumas das iniciativas elencadas pelo ex-ministro Aloizio Mercadante ao fazer o balanço do período que esteve no comando do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI).

Na cerimônia de transmissão do cargo ao físico Marco Antonio Raupp, nesta terça-feira (24), em Brasília, Mercadante enfatizou a importância da ciência, tecnologia e inovação ter sido colocada pelo governo e pelo ministério como eixo estruturante do desenvolvimento do Brasil. “Pela primeira vez está no Plano Plurianual como um dos marcos e objetivos estratégicos do país. E é um ministério que está pensando a nova economia brasileira”, frisou.

Ele destacou o perfil exigente da presidenta Dilma Rousseff e aconselhou o novo ministro quanto ao rigor exigido na apresentação dos projetos. Exaltou, ainda, o currículo de Raupp e a atuação de ex-ministros da pasta. “O ministério não podia estar em melhores mãos por essa trajetória, por essa competência. Eu tenho absoluta segurança e tenho certeza de que a presidenta também, pela escolha do seu nome para dar continuidade a esse projeto republicano de Estado que é o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação”, disse.

A criação da Embrapii foi um dos exemplos citados dentro da nova estratégia nacional. Para essa empresa, disse o ex-titular do MCTI, estão sendo reunidos os melhores laboratórios e centros de pesquisa do país. “Já estamos com sete laboratórios de ponta para atender a demanda da indústria”, informou. Para Mercadante, que incluiu o termo inovação no nome do Ministério da Ciência e Tecnologia, inovar e criar uma cultura de inovação é fator decisivo para a competitividade do país “Nós não podemos ter no empresariado uma postura passiva diante da inovação tecnológica. O Brasil hoje é a sexta economia do mundo, nós temos poder de negociação e temos que dar um salto”, disse o economista a uma plateia de autoridades, representantes da comunidade científica e parlamentares.

A criação do Cemaden, instalado em Cachoeira Paulista (SP), também mereceu atenção especial durante a gestão do ministro do MCTI. Ele ressaltou o nível de complexidade e competência dos técnicos do grupo, que utilizam grande painel de controle para fazer as previsões. “Eles estão lá hoje 24 horas por dia, todos os dias do ano, preparando os alertas e permitindo que a gente possa amenizar e mitigar o impacto desse desequilíbrio climático que todos nós estamos assistindo nestes últimos anos”, afirmou.

Importar conhecimento

O agora ministro da Educação também destacou do Programa Ciência sem Fronteiras, coordenado pela pasta em parceria com o MCTI, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI). De acordo ele, o portal do programa recebeu 20 milhões de acessos desde 13 de dezembro último, além de 28 mil inscrições nesta segunda etapa para concessão de bolsas a estudantes brasileiros nos Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália e Alemanha. “Nós vamos expandir esse programa, não só mandando jovens de talento – escolhidos democraticamente, pelo desempenho do Enem, na graduação – mas também doutores e pós-doutores”, comentou Mercadante. “E estamos atraindo jovens talentos, doutores e pesquisadores de nível de prêmio Nobel. Eles ficarão três anos trabalhando no Brasil e fazendo pesquisa. Chega de exportar cérebro; nós queremos importar conhecimento, formar uma geração para estar na ponta da ciência internacional”, disse.

Entre os avanços de 2011, ele citou ainda o fortalecimento da Finep, que aumentou em 54% o volume de crédito e reduziu em 58 % o tempo de análise de projetos. Os avanços das negociações na área espacial, a compra de um novo navio oceanográfico para pesquisas, a parceria com o Ministério da Defesa e a nova política industrial e de incentivo na área de tecnologia da informação foram incluídos pelo ex-ministro no balanço de gestão.

Como última medida no MCTI, Aloizio Mercadante anunciou um novo mecanismo a ser adotado na pasta, com a vinculação estratégica de temas às respectivas secretarias. Assuntos relacionados à Tecnologia da Informação serão direcionados à Secretaria de Política de Informática (Sepin), pesquisa e biodiversidade à Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped), institutos à Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec), espacial à Agência Espacial Brasileira (AEB). As áreas físicas, nuclear, mineral e de materiais à atual Subsecretaria de Coordenação das Unidades de Pesquisa (Scup), que ganhará status de secretaria especial.



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