O estande do Observatório Nacional (ON) atraiu a atenção dos participantes da Rio+20 que visitaram o Espaço Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável, montado no Armazém 4 do Cais do Porto. Durante os três dias de exposição do ON, os experimentos apresentados pelo ON encantaram alunos, professores e os diversos públicos presentes.
Fillipe Siqueira, um dos expositores, conta que as crianças ficavam mais fascinadas com a parte lúdica dos experimentos, mas os adolescentes se encantavam e compreendiam as explicações sobre o campo geomagnético. “Para eles, o magnetismo da Terra passava a fazer sentido. Já os professores apresentavam questões mais profundas e complexas que puderam ser esclarecidas”, relata Fillipe.
Ao todo, foram quatro experimentos para demonstrar o campo geomagnético. Os monitores do estande – alunos da Pós-Graduação em Geofísica do ON – organizaram a explicação a partir da evolução teórica sobre o magnetismo da Terra, desde a teoria que acreditava na existência de um imã no centro do planeta até a teoria do geodínamo, a mais aceita atualmente.
O campo magnético da Terra é uma forma de manifestação de energia em torno de um corpo magnetizado ou de um condutor de corrente elétrica. Sua principal fonte são as correntes elétricas que fluem no núcleo externo da Terra. Este campo gerado no núcleo pode ser detectado em todo o planeta, e fora dele também, funcionando como um escudo que protege a Terra da radiação solar. Sem ele, a vida como a conhecemos estaria comprometida, inclusive com o desaparecimento de diversas espécies animais e vegetais.
A variação do campo geomagnético é um fenômeno absolutamente natural, decorrente da dinâmica da Terra e do Sol, sobre a qual não é possível haver qualquer interferência humana. Conhecer o campo geomagnético é fundamental para compreender sua importância, seus impactos, suas variações e também para identificar as alterações naturais e diferenciá-las de outros fenômenos que podem ser provocados pela ação humana.
Devido à importância de compreender o campo geomagnético, o Observatório Nacional atua na implantação da Rede Brasileira de Observatórios Magnéticos (Rebom), voltada ao monitoramento do campo magnético em áreas selecionadas do território brasileiro, com um conjunto de observatórios fixos e itinerantes. A Rede tem grande relevância, sobretudo, porque o Brasil tem localização privilegiada para estudar algumas importantes feições do campo geomagnético.
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