Escudo inflável
A NASA anunciou que está tudo pronto para o último teste de viabilidade técnica de uma nova tecnologia de escudo de reentrada inflável.
A estrutura térmica inflável, preenchida com nitrogênio antes de iniciar a reentrada, funcionará tanto como proteção térmica, quanto como freio aerodinâmico. [Imagem: NASA] |
O escudo, chamado IRVE (Inflatable Re-entry Vehicle Experiment: veículo experimental de reentrada inflável), fará seu teste definitivo em um voo orbital, levado por um foguete de sondagem.
Acondicionado de forma semelhante a um guarda-chuva, o equipamento mede 3,05 metros de comprimento por 56 centímetros de diâmetro.
Quando o foguete atingir seu ponto mais alto, um sistema automático irá inflar os tubos que dão a forma ao escudo, que estenderá um cobertor térmico que cobrirá o IRVE como um todo.
Esse escudo de calor irá proteger a carga útil do teste, que consiste em quatro segmentos, incluindo o sistema inflável, mecanismos de direção, equipamentos de telemetria e equipamentos de fotografia e filmagem.
Teste orbital
Após o lançamento, o foguete subirá 462 quilômetros, uma altitude maior do que a que se encontra a Estação Espacial Internacional.
Os testes anteriores do IRVE foram feitos em voos suborbitais, nos quais o tempo do teste, mas sobretudo a velocidade de reentrada, são menores.
O IRVE vai se separar do foguete de sondagem, uma carga de nitrogênio será bombeada para inflar seu aeroescudo e, em seguida, o conjunto inteiro cairá de volta através da atmosfera da Terra.
Durante a reentrada, que ocorrerá sobre o Oceano Atlântico, câmeras e instrumentos transmitirão imagens e dados para os pesquisadores em terra.
À esquerda, o processo de enchimento do escudo inflável. À direita, a visualização superior e inferior do escudo já inflado. [Imagem: NASA/AMA] |
Desacelerador aerodinâmico
O aeroescudo IRVE faz parte de um projeto da NASA chamado HIAD (Hypersonic Inflatable Aerodynamic Decelerator, desacelerador aerodinâmico hipersônico inflável, em tradução livre.
"O HIAD dará à NASA mais opções para futuras missões planetárias ou para trazer cargas de volta para a Terra," afirmou Neil Cheatwood, chefe do projeto.
"Quando vamos para outros planetas com atmosfera, nós de fato usamos essa atmosfera como um freio, usando um aeroescudo ou um desacelerador aerodinâmico. Mas o tamanho desses escudos térmicos atualmente é limitado. Nós não conseguimos construí-los maiores do que o diâmetro do veículo de lançamento," explica ele.
Isto porque o escudo é aplicado sobre a própria superfície da nave.
Um escudo térmico inflável, que se expande em órbita, funcionará tanto como proteção térmica quanto como freio aerodinâmico, permitindo acomodar cargas maiores, oferecendo proteção para instrumentos científicos maiores e mais pesados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário