Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/04/2012
Embora a idade do Universo seja calculada em 13,7 bilhões de anos, a luz pode ter viajado muito mais do que isso desde o Big Bang, dependendo do modelo utilizado: o mais radical prevê um Universo com 45 bilhões de anos-luz. [Imagem: Deus Consortium] |
Energia escura do Universo
Uma equipe de pesquisadores do Laboratório Universo e Teorias, da Universidade Paris Diderot, na França, concluiu a primeira etapa da simulação do Universo inteiro.
Ou, pelo menos, do Universo observável.
O objetivo é simular em computador o desenvolvimento de todo o Universo, do Big Bang até os nossos dias.
Esta é a primeira de três "rodadas" do projeto DEUS (Dark Energy Universe Simulation, simulação da energia escura do universo, em tradução livre).
O projeto, que ocupa um supercomputador em tempo integral, conseguiu seguir a evolução de 550 bilhões de partículas nessa primeira rodada.
Teorias sobre Energia Escura
Enquanto a matéria escura fica cada vez mais obscura e os raios cósmicos cada vez mais misteriosos, os cientistas esperam ter melhores resultados com a energia escura.
A simulação foi programada com base em três teorias sobre a energia escura.
A primeira é a do modelo padrão de formação do universo com uma constante cosmológica, aquela que Einstein se arrependeu de ter tirado de suas equações, uma vez que ela permitiria que ele tivesse previsto a expansão do Universo - "Foi o maior erro da minha vida," teria dito o cientista.
A equipe pretende rodar novas simulações com outros dois modelos.
O segundo será caracterizado por um componente de energia escura dinâmico, que preencheria todo o Universo.
O terceiro modelo pressupõe uma modificação na lei da gravidade em grandes escalas, levando em conta os efeitos de um componente em aceleração, chamado "energia escura fantasma".
De zoom em zoom, os cientistas franceses já conseguiram simular 550 bilhões de partículas. [Imagem: Deus Consortium] |
Confirmações das teorias
Se alguma das teorias estiver corretas, será possível estabelecer seus efeitos sobre a formação da estrutura do Universo e, desta forma, estabelecer alvos para novas observações astronômicas.
Na prática o caminho será o inverso: a partir das previsões de cada teoria, as simulações permitirão estabelecer alvos em busca de uma eventual confirmação.
Graças ao seu supercomputador Curie, com 92.000 CPUs, os cientistas esperam ter todos os resultados até Maio deste ano.
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