Por pior que seja o filme Twister, ele ajudou a trazer à luz os desafios da pesquisa de tornados. Como, por exemplo, a dificuldade em se aproximar de algo que é potente o suficiente para provocar a morte. Como fazer para estudar isso? Uma solução óbvia é criar uma simulação de tornado, e graças a alguns avanços recentes, uma equipe de pesquisadores finalmente conseguiu criar um tornado mortal categoria F5 em um computador e ainda o manteve vivo por uma hora e quarenta minutos, oferecendo oportunidade de sobra para observar seu caminho destrutivo (mas simulado).
A simulação foi apresentada na 27ª Severe Local Storms Conference, realizada nos EUA, e produziu incontáveis recursos físicos que caçadores de tempestades frequentemente dizem ter visto, e até filmado, quando vão para o campo — como cortinas de chuva ao redor do funil. Os pesquisadores também descobriram que a corrente ascendente da tempestade tende a sugar o ar resfriado pela chuva para cima, o que serve para abastecer o tornado e manter o vórtex.
O que isso significa para o futuro? Por enquanto são apenas informações novas, mas isso é fundamental para o entendimento completo do motivo pelo qual os tornados se formam e o que faz com que eles se mantenham ativos. Os dados coletados em campo ainda são muito importantes, mas as simulações podem ser usadas para gerar tornados com o apertar de um botão, várias e várias vezes, em vez de ter que persegui-los pelo mundo. E mesmo que as simulações produzam poucos dados utilizáveis, em algum momento elas podem até ajudar a encontrar uma maneira de prever quando um tornado vai ser formado, e dar às pessoas que estão no seu caminho mais tempo para procurar abrigo.
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