O telescópio espacial WISE revisou para baixo o número de asteroides próximos da Terra.[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Asteroides próximos à Terra
O observatório WISE, da NASA, revelou que o número de asteroides médios e grandes nas proximidades da Terra é significativamente menor do que se pensava.
Os resultados indicam que a NASA já localizou mais de 90% dos maiores asteroides próximos da Terra, aqueles que representam um maior risco no caso de um impacto.
Os cientistas afirmam que esta melhor compreensão da população de asteroides indica que o perigo para a Terra pode ser um pouco menor do que se calculava.
Os astrônomos agora estimam que existam cerca de 19.500 - e não 35.000 - asteroides de tamanho médio na nossa vizinhança.
No entanto, se os grandes já estão mapeados, a maioria desses asteroides de tamanho médio ainda precisam ser descobertos.
Mais pesquisas também são necessárias para determinar se um número menor de objetos de tamanho médio (entre 100 e 1.000 metros de diâmetro) também significa menos asteroides perigosos - aqueles que mais se aproximam da Terra.
O observatório espacial identificou mais de 500 objetos maiores do que 100 metros de largura.
Asteroides próximos da Terra menores do que isto não foram estudados, e os cometas nas proximidades da Terra serão analisados em uma próxima etapa.
Telescópios infravermelhos são mais adequados para observar objetos pequenos e escuros. [Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Olhos infravermelhos
Este gráfico ilustra por que os telescópios de infravermelho são mais adequados para encontrar pequenos asteroides escuros do que os telescópios que detectam a luz visível.
O topo do gráfico mostra como três asteroides do mesmo tamanho, mas com diferentes composições, iriam aparecer em luz visível.
Um asteroide que tenha uma superfície brilhante - um maior albedo - aparecerá mais brilhante do que um asteroide escuro, apesar de serem do mesmo tamanho. Isto ocorre porque um asteroide mais brilhante vai refletir mais luz visível do Sol.
A parte inferior do quadro mostra os mesmos três asteroides quando vistos em luz infravermelha. Eles parecem ter o mesmo brilho, independentemente do seu albedo.
Objetos do mesmo tamanho irradiam a mesma quantidade de luz infravermelha, como resultado de seu aquecimento pelo Sol.
É mais fácil para um telescópio infravermelho ver um asteroide pequeno e escuro porque ele detecta a assinatura de calor do objeto e não a pequena quantidade de luz solar refletida por ele.
Asteroides de grande impacto
Cada imagem representa cerca de 100 asteroides reais. Asteroides próximos da Terra que já tenham sido encontrados estão preenchidos e aparecem na cor marrom. [Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Este quadro mostra como os dados do WISE levaram à revisão na população estimada de asteroides próximos da Terra - seus tamanhos não estão em escala nesta ilustração.
Cada imagem representa cerca de 100 asteroides reais. Asteroides próximos da Terra que já tenham sido encontrados estão preenchidos e aparecem na cor marrom.
Uma linha inteira de imagens com contorno azul mostra quantos objetos se acreditava existir antes da pesquisa do WISE. Os contornos verdes mostram as novas estimativas reduzidas.
Como o gráfico revela, apenas uma pequena diferença foi observada no número total estimado dos asteroides maiores - aqueles que têm potencial para causar consequências globais no caso de um impacto com a Terra.
Para os asteroides maiores do que 1.000 metros, a pesquisa revisou os dados da população total para 981, contra uma estimativa anterior de cerca de 1.000.
Já se conhecem 911 objetos deste tamanho, o que significa que a NASA já encontrou 93% deles - faltariam 70 para serem encontrados.
Asteroides médios e pequenos
Para os asteroides médios, que ainda poderiam destruir uma área metropolitana, as novas estimativas preveem menos rochas espaciais do que se pensava anteriormente.
Os dados revelaram um declínio de aproximadamente 44% no número estimado de asteroides médios, definidos como aqueles objetos entre 100 metros e 1.000 metros.
As estimativas indicam agora a existência de cerca de 19.500 deles, contra a estimativa anterior de 35.000.
O estudo não se aplica a objetos menores do que 100 metros, mas estima-se que haja mais de um milhão nesta faixa de tamanho com base em estudos anteriores.
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