Folha de São Paulo - 17/01/2011
Descobridor do planeta-anão Éris, o astrônomo americano Michael Brown, do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), é popularmente conhecido como o assassino de Plutão.
A alcunha não parece lhe incomodar e ele acabou batizando seu primeiro de divulgação científica de "How I Killed Pluto And Why It Had It Coming" (Como Matei Plutão e Por Que Ele Mereceu", em tradução livre).
Irritado com a repercussão das declarações dos outros pesquisadores sobre as diferenças de tamanho entre Éris e Plutão, Brown publicou um texto irônico e repleto de "alfinetadas" em seu blog.
O cientista levanta dúvidas sobre os métodos usados neste e em outros trabalhos e brinca: "às vezes, você simplesmente precisa ter mais fé em um tipo de medição do que em outro".
Brown diz ainda que há "algo de duvidoso" em relação ao tamanho de Plutão.
Em entrevista à fFolha há um mês, Brown disse que "ficou exultante" quando soube do resultado da do congresso da IAU (União Astronômica Internacional), que rebaixou Plutão em 2006.
O evento foi considerado um dos mais importantes eventos científicos daquele ano e catapultou o pesquisador para a lista das cem pessoas mais influente do mundo da revista Time.
Para Brown, que durante um breve período chegou a defender a manutenção de Plutão no primeiro escalão, a mudança de classificação foi acertada.(GM)
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